O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, voltou a falar, durante coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (06), que "médico não abandona paciente". Mandetta falou em público depois de um dia bastante polêmico onde sua saída da pasta chegou a ser cogitada. Ele revelou que orientou seus secretários a terem foco nos trabalhos de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus e que eles não podiam dar ouvidos aos "barulhos" (críticas) externos que tentam tirar o foco da missão. "Ciência, disciplina, planejamento e foco. Esqueçam o que estão falando de lado", disse o ministro.
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Para Mandetta, no momento em que o mundo vive ante à pandemia, a ciência é essencial para verificar a eficácia de medicamentos que possam resultar no tratamento da covid-19.
"O pessoal está falando que Ivomec é bom para essa situação. Ivomec a gente dá para gados, para ficarem com o pelo bem liso. Nós não sabemos matar carrapato. Nós não sabemos, mas tem lá o indício, agora vai para um estudo. Se for bom, nos trataremos com Ivomec, mas, primeiro, precisamos saber se é bom. A tese é boa? É boa. Mas, primeiro, convença os pares técnicos e aí nós vamos fazer pela ciência! Não vamos perder o foco. Esses barulhos que vêm ao lado. 'Fulano falou isso, Beltrano falou aquilo'. Esquece. Eles estão aqui do lado. Apesar dos pesares, foco aqui", completou.
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.