Maia cita Mandetta e diz que Bolsonaro 'ouve mais rede social do que o Congresso'

Presidente da Câmara participou de "live" na manhã desta terça-feira
Estadão Conteúdo
Publicado em 07/04/2020 às 11:11
Maia falou que já tinha tentado fazer o teste na semana passada, mas que deu errado Foto: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse na manhã desta terça-feira, 7, que tinha certeza que o presidente Jair Bolsonaro não iria demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Na segunda, o ministro foi novamente alvo dos ataques do mandatário e circularam informações de que ele estaria fora do governo.

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"Bolsonaro não vai demitir um ministro popular como ele. A decisão de manter Mandetta não foi política, Bolsonaro ouve mais as redes sociais do que o Congresso", disse Maia, destacando que o mandatário é uma pessoa inteligente, ao contrário do que muitos pensam, e como o ministro da Saúde conquistou a confiança da sociedade, sabe que não pode tirá-lo do posto.

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Maia participa de uma "live" nesta manhã, promovida pela Necton Investimentos, com o tema "Orçamento e saúde fiscal de longo prazo: desafios estruturais", Conduzido por Marcos Maluf, CEO da Necton, e o economista-chefe da corretora, André Perfeito.

Ao falar do presidente Jair Bolsonaro, Maia destacou que seria bom no segundo semestre ele manter uma boa relação com o Congresso Nacional. O presidente da Câmara disse que não apenas o Brasil, mas vários outros países, irão aumentar o seu nível de endividamento. "Me preocupa a segunda onda de gastos que o governo terá que fazer para retomar investimentos", afirmou, destacando que no longo prazo as coisas voltarão ao normal, mas no curto governo terá que retomar investimentos.

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Indagado sobre o uso do fundo eleitoral para o combate ao coronavírus, como defendem alguns segmentos, Maia disse: "Eu até acho que o fundo eleitoral já foi usado; debate é só para enfraquecer Parlamento". E voltou a dizer que é o momento de o governo usar os recursos que dispõe em meio à crise. "Só não se pode pensar que eleição - para a democracia - não é importante."

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