Douglas Hacknen
Publicado em 19/04/2020 às 20:23
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não poupou críticas às manifestações realizadas neste domingo (19) em todo o Brasil. Nos atos, manifestantes pediam o fechamento do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e o acionamento do Ato Institucional Nº 5 (AI-5). Maia escreveu no Twitter que no Brasil a luta contra a covid-19 é maior do que em outros países pois "temos de lutar contra o corona e o vírus do autoritarismo."
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"Em nome da Câmara dos Deputados, repudio todo e qualquer ato que defenda a ditadura, atentando contra a Constituição. Para vencer esta guerra contra o coronavírus precisamos de ordem, disciplina democrática e solidariedade com o próximo", disse o parlamentar em uma sequência de mensagens.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou para uma multidão em ato realizado em Brasília. O chefe do Executivo falou para as pessoas que se concentravam em frente ao Quartel General do Exército, no Plano Piloto da Capital Federal.
Maia alegou que defender a ditadura é estimular a desordem e flertar com o caos, já que "é o Estado Democrático de Direito que dá ao Brasil um ordenamento jurídico capaz de fazer o País avançar com transparência e justiça social".
Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde confirmou 2.462 mortes em decorrência do novo coronavírus no Brasil. "Pregar uma ruptura democrática diante dessas mortes é uma crueldade imperdoável com as famílias das vítimas e um desprezo com doentes e desempregados. Não temos tempo a perder com retóricas golpistas. É urgente continuar ajudando os mais pobres, os que estão doentes esperando tratamento em UTIs e trabalhar para manter os empregos. Não há caminho fora da democracia", escreveu o representante da Câmara.