O ato do Dia do Trabalhador, organizado em forma de live pelas principais centrais sindicais do país nesta sexta-feira (1º), foi marcado por exibir mensagens políticos, como Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e outros. Os discursos giraram em torno da solidariedade ao trabalhador e de coesão para enfrentamento da crise em tempos de coronavírus.
Além dos políticos, o ato, que durou mais de quatro horas, contou com a participação de artistas brasileiros, como o ator Fábio Assunção e Elisa Lucinda. A transmissão ao vivo, que durou 4h, também contou com apresentação musical de cantores nacionais, como Fernanda Takai, Marcelo Jeneci, Leci Brandão, Chico César, entre outros e até mesmo internacional, com a presença do ex-vocalista e baixista do Pink Floyd, Roger Waters.
"Não é hora de nos desunirmos. É hora de nos juntarmos porque temos que construir um futuro. O futuro tem que ser construído a partir das condições do presente. São negativas, eu sei, mas são as que nós temos."
"As grandes tragédias também são reveladoras do verdadeiro caráter das pessoas e das coisas. Não me refiro apenas ao deboche do presidente da República com a memória de mais de cinco mil brasileiros mortos pela Covid-19. A pandemia deixou o capitalismo nu."
"A data deste 1º de Maio é especialmente grave, diante da morte de mais de 5.000 brasileiros vítimas da negligência e da omissão de um governo liderado pelo mais brutal e desalmado chefe de estado entre todas as nações do planeta. Irresponsavelmente, Jair Bolsonaro desdenha da doença, zomba dos mortos e avilta a cadeira de Presidente da República."
"Desejo que esse 1º de Maio, apesar de tanta aflição e angústia, ajude a levantar o nosso querido povo brasileiro e possamos ser capazes de organizar essa luta e reconquistar os nossos direitos."
"Aproveito para pedir desculpas ao povo, por que eu errei. Erramos. Escolhemos um presidente que é irresponsável e que não entendeu a responsabilidade do cargo que ocupa. Ele hoje só pensa nas eleições de 2022 e não exerce aquilo que nós esperávamos que ele exercesse, que é governar. Que é fazer as reformas necessárias que o Brasil precisa."
"É fundamental que estejamos unidos em torno daquilo que é essencial: a defesa da vida, a proteção dos direitos e a defesa da nossa democracia."
"Hoje vemos a destruição pelo governo Jair Bolsonaro de tudo o que é direto do trabalhador, de aumento real de salário, destruição de postos de emprego. Um verdadeiro descomando da nação brasileiro. E é mais do que isso: a ignorância tentando vencer a ciência."
"Que não se permita que qualquer governo com delírios autoritários queira retomar o processo de ditadura e de autoritarismo no nosso país."