O governador do Estado de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), em publicação nas redes sociais, realizada na noite deste domingo (3), repudiou as agressões efetuadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra profissionais da imprensa e da saúde. O mandatário pernambucano classificou os atos de violência como inaceitáveis e lembrou que o país necessita de ações, com paz, que ajudem na superação desse momento difícil.
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"São inaceitáveis, estão na contramão da história e são um ataque irracional a prioridades absolutas no mundo. Todos precisam da ciência e da informação. O Brasil precisa de ação integrada, com paz e responsabilidade, para superar o momento mais difícil e poder retomar, gradualmente, a vida sem isolamento. Construindo a nova normalidade pós-pandemia", escreveu.
Paulo Câmara destacou que além da defesa da vida, agora, se faz necessário lutar em outro front: em defesa da democracia. "Repudiamos com veemência estas agressões a profissionais de saúde e de comunicação."
"O enfrentamento à pandemia, uma guerra pela vida, agora acontece ao lado de outra luta, em defesa da democracia brasileira. Que o Dia da Liberdade de Imprensa alerte o país sobre a importância de se unir em torno de ideais humanitários, com respeito às pessoas e às instituições", disse.
Neste domingo, o fotógrafo, Dida Sampaio, que fazia registros do presidente e o motorista do jornal O Estado de São Paulo, Marcos Pereira, que apoiava a equipe de reportagem foram vítimas de das agressões físicas. Atingidos por chutes, murros, empurrões e rasteiras a equipe de profissionais do jornal paulista precisaram deixar o local escoltados pela Polícia Militar.
Na última sexta-feira (1), dia do trabalhador, bolsonaristas tentarem impedir, um ato realizado por profissionais da saúde em Brasília. O protesto ocorria na Praça dos Três Poderes, quando algumas pessoas vestidas de verde, amarelo e com bandeiras do Brasil tentaram impedir a manifestação.