O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou, nesta segunda-feira (4), a nomeação de Rolando Alexandre como novo diretor-geral da Polícia Federal. Escolha foi feita após o STF suspender a nomeação do delegado Alexandre Ramagem, primeira opção de Bolsonaro para o cargo. Rolando tomou posse ainda nesta segunda, no gabinete presidencial, meia hora após a nomeação ter sido publicada no Diário Oficial da União.
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Até então secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Investigação (ABIN), Rolando é próximo de Ramagem, diretor-geral do órgão, de quem é considerado "braço direito".
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A nomeação de Rolando é vista como uma alternativa do presidente para manter a influência de Ramagem, que é próximo à família Bolsonaro, na Polícia Federal - Ramagem foi segurança de Bolsonaro durante a campanha eleitoral.
Veja o posicionamento dos políticos sobre a nomeação de Rolando Alexandre:
O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, comemorou a nomeação de Rolando.
O senador Randolfe Rodrigues (Sustentabilidade) considerou nomeação de Rolando uma afronta a decisão do STF que suspendeu nomeação de Ramagem por proximidade com a família Bolsonaro.
A deputada federal e apoiadora do presidente Bolsonaro, Carla Zambelli também falou sobre a nova nomeação para a Polícia Federal.
A ex-candidata à presidência Marina Silva criticou a escolha de Rolando para cargo da PF por ele ser considerado"braço-direito" de Alexandre Ramagem.
A deputada federal Bia Kicis (PSL) comemorou a nomeação de Rolando Alexandre para a PF e, como dica, orientou que o novo diretor-geral não se esquecesse de manter Bolsonaro atualizado dos relatórios da inteligência.
O ex-candidato à presidência Guilherme Boulos (PSOL) insinuou de que, com a nomeação de Rolando, Bolsonaro estaria mantendo a PF como "braço político".