Após o anúncio da saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde nesta sexta-feira (15), o nome do general Eduardo Pazuello começa a ser cotado para assumir a pasta. Ao contrário de Teich, Eduardo não é da área da saúde.
Atualmente, Eduardo é o secretário executivo do Ministério da Saúde e chegou ao ministério para ser o braço direito do ministro Nelson Teich. O general já se colocou como favorável ao uso de cloroquina desde os primeiros sintomas, substância e tratamento defendidos por Bolsonaro.
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O general nasceu no Rio de Janeiro e formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras, em 1984, como oficial de intendência.
No Exército, Pazuello comandou o 20° Batalhão Logístico Paraquedista e foi Diretor do Depósito Central de Munição, ambos no Rio de Janeiro. Em 2014, foi promovido a General-de-Brigada e, em 2018, a General de Divisão. Antes de ir para o ministério, exercia o comando da 12ª Região Militar, em Manaus.
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Entre os oficiais das Forças Armadas próximos a Bolsonaro, há torcida para que o general seja nomeado ministro em definitivo. Por enquanto, o governo o trata como interino. Outros nomes estão no páreo, como o da médica Nise Yamaguchi e o ex-ministro Osmar Terra.
A possível ascensão de Pazuello demonstra a maior presença das Forças Armadas no governo de Bolsonaro. O general foi indicado pelo próprio presidente da República.
Além do novo secretário, outros membros do governo são oriundos das Forças Armadas: Hamilton Mourão (vice-presidente), Braga Netto (ministro da Casa Civil), Fernando Azevedo e Silva (ministro da Defesa), Bento Albuquerque (ministro de Minas e Energia), Marcos Pontes (ministro de Ciência e Tecnologia), Jorge Oliveira (Secretário-Geral), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).