Bruno Covas diz que lockdown restrito à capital 'não é viável' e antecipação de feriados é última cartada

O prefeito de São Paulo falou que a expectativa é manter a taxa igual ou acima de 56%, número que foi atingido no último domingo na capital
Alice Albuquerque
Estadão Conteúdo
Publicado em 19/05/2020 às 14:07
Ato pode ter sido o primeiro do PSDB para um movimento contra o presidente Jair Bolsonaro Foto: Foto: Agência Brasil


Em entrevista à CNN nesta terça-feira (19), o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que a antecipação dos feriados na capital e no Estado é uma das "últimas cartadas" para o aumento do isolamento social no combate ao coronavírus. Covas também comentou que um lockdown restrito à capital não é viável e só faria sentido se fosse em toda a região metropolitana.

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O tucano falou que a expectativa é manter a taxa igual ou acima de 50%. "A antecipação é uma das últimas cartadas para manter em pelo menos 56% de restrição que tivemos no último domingo".

A lei que antecipa dois feriados para esta quarta-feira (20) e quinta-feira (21), foi sancionada hoje por Bruno Covas. A sexta-feira (22), entra como ponto facultativo. No entanto, o governador do Estado, João Doria (PSDB) ainda estuda a possibilidade da antecipação do feriado de 9 de julho para a próxima segunda-feira (25).

Lockdown

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O prefeito defende que o lockdown apenas na capital não é inviável, "o município não tem poder de polícia sobre as pessoas". Ele justifica que as ruas começam em uma cidade e terminam em outra. "Uma calçada de um lado é São Paulo, de outro, é outro município. É inviável lockdown que não seja metropolitano e sem a polícia".

Funcionamento dos bancos

Ainda nesta terça-feira, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que, se bancos quiserem manter funcionamento normal durante os feriados municipais antecipados para quarta e quinta, "basta pagar seus funcionários por isso".

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Foi uma resposta a questionamento sobre a carta enviada por entidades do setor financeiro ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pedindo para serem excetuadas ao projeto de lei que a gestão estadual enviou à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) - e que deve ser aprovado na quinta-feira - para antecipar o feriado da Revolução Constitucionalista de 9 de julho para a próxima segunda-feira (25).

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Ele também disse que o sistema financeiro está "mal assessorado juridicamente", em referência aos apontamentos na carta de que as antecipações de feriados pelos Executivos municipal e estadual configurariam edição de normas no âmbito do sistema financeiro nacional.

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