A deputada Carla Zambelli (PSL), um dia antes de operação da Polícia Federal na residência oficial do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), teria alertado que "alguns governadores" estavam na mira da PF em investigações sobre suspeitas de irregularidades na área da Saúde.
“A gente deve ter nos próximos meses o que a gente vai chamar talvez de de ‘covidão’, ou não sei como é o nome que eles vão dar. Mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal”, disse Zambelli em entrevista aos jornalistas David Coimbra, Kelly Matos e Luciano Potter, na Rádio Gaúcha, nessa segunda-feira (26).
Com a informação da deputada e o anúncio da operação contra o governador Witzel na manhã desta terça-feira (26), políticos criticaram a deputada e alegaram que ela teria tido informações privilegiadas sobre operações da Polícia Federal, caracterizando uma "interferência" na PF.
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Assunto já vem sendo discutido após denúncias do ex-ministro Sergio Moro que acusou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de querer interferir nas atividades da Polícia Federal.
O líder do PSB na Câmara, deputado Alessandro Molon, questionou como a deputada Carla Zambelli teve acesso a informações sobre a Operação Placebo.
O deputado federal Marcelo freixo (PSOL) orientou que o "vazamento de informações" para a deputada tem que ser investigado e pediu explicações ao Congresso.
O deputado federal David Miranda (PSOL) considerou "criminoso" o possível vazamento de informações da Polícia Federal para a deputada.
O ex-candidato à Presidência, Guilherme Boulos (PSOL) destacou as últimas decisões do presidente Jair Bolsonaro sobre a troca da superintendência da PF no Rio de Janeiro.