A deputada federal Carla Zambelli (PSL) negou que teria tido informações privilegiadas sobre as operações feitas pela Polícia Federal e disse que não divulgaria nada que pudesse prejudicar o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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Acusações foram feitas após deputada dizer que "alguns governadores" estavam na mira da PF em investigações sobre suspeitas de irregularidades na área da Saúde e, nesta terça-feira (26), o governador do Rio de Janeiro ter sua residência oficial investigada.
“Foi uma coincidência? Não só isso. Se eu soubesse e tivesse informação privilegiada... eu não pareço ser uma pessoa burra, poderia até ser, mas não sou. Eu falaria isso publicamente se tivesse informação privilegiada?”, disse em entrevista à CNN nesta terça-feira.
“Principalmente eu, uma pessoa que tenta proteger as informações e o governo. Eu não faria isso. Só se quisesse prejudicar. E eu estava defendendo o governo ontem a respeito das infames coisas que o ex-ministro [Sergio Moro] afirmou do meu governo, do governo do presidente Bolsonaro”, completou.
A parlamentar ainda afirmou que com as evidências de superfaturamento na compra de respiradores e outros equipamentos de forma emergencial para enfrenar a pandemia do novo coronavírus, "era só seguir uma linha de raciocínio".
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"O governador Witzel soltou uma nota preocupado com meu possível envolvimento ou se tenho informações privilegiadas, mas qualquer pessoa que veja as informações no decorrer do curso sabe que vão acontecer operações", disse Zambelli.
Sobre a acusação feita por Witzel, em nota, de que o presidente Bolsonaro teria oficializado a interferência na PF, Zambelli ironizou: "Então o presidente também está agindo em cima do STJ [Superior Tribunal de Justiça, que emitiu os mandados de busca e apreensão]?"
A deputada Carla Zambelli, um dia antes de operação da Polícia Federal na residência oficial do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), teria alertado que "alguns governadores" estavam na mira da PF em investigações sobre suspeitas de irregularidades na área da Saúde.
“A gente deve ter nos próximos meses o que a gente vai chamar talvez de de ‘covidão’, ou não sei como é o nome que eles vão dar. Mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal”, disse Zambelli.
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Com a informação da deputada e o anúncio da operação contra o governador Witzel na manhã desta terça-feira (26), políticos criticaram a deputada e alegaram que ela teria tido informações privilegiadas sobre operações da Polícia Federal, caracterizando uma "interferência" na PF.