Eleições 2020

"Desafio maior". João Campos fala pela primeira vez como pré-candidato à Prefeitura do Recife

O PSB ainda não o lançou oficialmente, apesar do seu nome ser visto como o mais consolidado na eleição do Recife

Luisa Farias
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Luisa Farias
Publicado em 27/07/2020 às 9:29 | Atualizado em 29/07/2020 às 20:21
Guga Matos/ JC Imagem
"Certamente de julho para agosto vai ter uma definição por parte da frente popular que pode sim definir pelo meu nome para disputar a eleição", diz João Campos - FOTO: Guga Matos/ JC Imagem

O deputado federal João Campos falou abertamente pela primeira vez sobre a sua pré-candidatura para a Prefeitura do Recife. O PSB ainda não o lançou oficialmente, apesar do seu nome ser visto como o mais consolidado para a disputa na capital pernambucana em novembro deste ano, ainda cheia de indefinições. Com o adiamento das eleições, as convenções partidárias - quando há o lançamento dos candidatos - vão ocorrer entre 31 de agosto e 16 de setembro. 

As declarações de João Campos sobre sua pré-candidatura foram dadas em entrevista à Denise Rothenburg, no programa Frente a Frente da Rede Viva, na última quinta-feira (22). Nela, o deputado classifica a disputa pela Prefeitura do Recife como um desafio que está disposto a enfrentar.

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"Para mim seria, do ponto de vista pessoal, muito mais cômodo estar dentro do parlamento em vez de poder disputar uma eventual eleição majoritária para a prefeitura. Mas eu acho que na vida quando a gente tem desafios, a gente tem que enfrentá-los, e certamente poder ajudar a minha cidade é algo que eu acho que é de mais relevante que eu poderia fazer nesse momento. É um desafio maior, mas é uma tarefa que me anima muito", diz João Campos. 

Eleito para o seu primeiro mandato de deputado federal em 2018 como o mais votado da história de Pernambuco, João Campos é vice-coordenador da Comissão Externa de Acompanhamento do Ministério da Educação (MEC) e mais recentemente, conseguiu os apoiamentos necessários para a criação da Frente Mista em Defesa da Renda Básica.

Ele defende que deve haver uma convergência em torno de um nome, pois considera um erro "alguém querer ser um candidato porque quer ser". "Dr. Arraes dizia 'as pessoas não sabem porque querem ser'. Então a gente tem que saber porque quer ser prefeito do Recife", diz João, que elenca algumas problemáticas na capital pernambucana que segundo ele, devem ser discutidas, como a situação das barreiras nos morros, a mobilidade urbana e a educação da primeira ifância. "É um conjunto de forças e nós temos discutido isso nos partidos e tudo indica que haverá sim uma grande força para poder disputar a eleição e quem sabe conduzir", disse. 

Questionado se a sua candidatura está efetivamente posta, João Campos evita cravar e diz estar conversando com os partidos e sobretudo com a população. Mas dá um prazo. "A gente está no mês de julho, certamente de julho para agosto vai ter uma definição por parte da frente popular que pode sim definir pelo meu nome para disputar a eleição", diz o socialista.


Eleições

A oposição apontou como melhor estratégia o lançamento de apenas um candidato, mas não decidiu quem vai comandar o projeto. Já a deputada federal Marília Arraes (PT) surge como uma terceira via, com o aval do Diretório Nacional do PT, porém enfrenta resistência de dirigentes pernambucanos. Há também outros nomes como o do deputado federal Túlio Gadêlha. 

Sobre a candidatura de Marília Arraes, sua prima, João Campos evita tecer comentários sobre as questões internas do PT, mas já admite um cenário que tenha a petista como adversária.

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"O PT tem conduzido as discussões no âmbito interno. Eu sempre digo, eu respeito muito a autonomia dos partidos. Eu sou dirigente partidário, então eu respeito a autonomia do meu partido e eu respeito a autonomia do partido dos outros. Então eu acho que o PT tem todas as condições de tomar a decisão que achar que deve para a sua cidade, assim como a Frente Popular e o meu partido vamos tomar a nossa decisão. Se o PT decidir por uma candidatura própria terá meu respeito e acho que isso é saudável para a democracia. E quem vai fazer a escolha é o povo na hora da urna, na hora de votar. Então nisso eu tenho absoluta tranquilidade", completa João Campos. 

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