Família Bolsonaro adere ao Parler, rede social da direita mundial

O Parler foi criado em 2018 e vários líderes da direita, em diferentes países, já fazem uso da plataforma
Douglas Hacknen
Publicado em 02/07/2020 às 19:24
Parler, a rede social da direita mundial Foto: REPRODUÇÃO


O 'clã Bolsonaro' resolveu aderir à rede social que tem sido a favorita da direita. Prometendo não censurar, o Parler funciona de modo quase idêntico ao Twitter. Toda a família, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus seguidores, aderiram à novidade. 

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Criada em 2018 por John Matze e Jared Thomson, a plataforma se apresenta como uma forma de oferecer um ambiente onde qualquer pessoa pode compartilhar conteúdos com opiniões políticas e religiosas sem correr o risco de ser censurado. "Não somos reguladores. Não somos governadores. Somos uma comunidade. Parler aceita o seu direito de expressar seus pensamentos, opiniões e ideais online", diz a plataforma.

A rede social já é a favorita dos grupos da direita global. Com menos regulação de conteúdo ofensivo, a página inicial do Parler diz que a rede é "imparcial" e com conteúdo moderado com base na Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos e na Suprema Corte daquele país, "o que permite a liberdade de expressão sem violência e a ausência de censura".

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Adesão 

O filho do presidente e senador, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), estreou na plataforma nesta quarta-feira (1º). No Twitter, o parlamentar pediu para que seus seguidores migrem para o Parler. "Siga-me no Parler! A rede social que tem como prioridade a liberdade de expressão!", publicou. 

Siga-me no Parler!
A rede social que tem como prioridade a liberdade de expressão!
Link: https://t.co/DVRFtqP3la pic.twitter.com/3vihfzrgYJ

Além de Flávio e do presidente Bolsonaro, o escritor Olavo de Carvalho e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também aderiram ao Parler nos últimos dias. Na última semana, congressistas republicanos, ligados a Trump, criaram suas contas no Parler, entre eles o senador Ted Cruz. A campanha de Trump à reeleição já publica seus conteúdos na rede social.

O que não pode?

O CEO do Parler, John Matze, esclareceu que não são permitidas fotos de material fecal, pornografia, nomes de usuário com palavras obscenas, xingamentos repetitivos com palavrões e ameaças de morte.

“Àqueles que estão reclamando no Twitter por terem sido banidos do Parler, por favor, prestem atenção: há aqui algumas regras muito básicas que precisamos que vocês sigam. Se não forem do seu gosto, lamentamos, mas as reforçamos”, escreveu.

*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo

 

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