O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), durante transmissão de uma live na tarde desta quarta-feira (15), voltou a defender o uso do hidroxicloroquina. Para o chefe do Executivo, "a história vai dizer quem estava certo no futuro e a quem cabe qualquer responsabilidade por parte das mortes. Porque ninguém nunca disse que não haveriam mortes. Sabíamos da potencialidade do vírus", disse.
Em isolamento social por conta de ter testado positivo para o novo coronavírus, Bolsonaro, que afirmou estar bem de saúde, fez a declaração momento antes da cerimônia de arriamento da Bandeira Nacional, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Apesar de ter feito elogios ao medicamento, Bolsonaro argumentou que não tem o intuito de fazer propaganda para que as pessoas tomem a medicação, mas que, caso desejassem usá-la, procurassem um médico.
Diagnosticado com o novo coronavírus desde o dia 7 de julho, o chefe do Executivo Nacional informou que realizou um novo exame durante a terça-feira (14) e foi comprovado que ele ainda está com o vírus ativo em seu organismo. "Fiz exame ontem de manhã. De noite deu no resultado que ainda estou positivo para o coronavírus. Espero que nos próximos dias tudo dê certo para voltar as atividades. O futuro vai dizer se esse remédio é eficaz ou não. Para mim, foi", afirmou.
Bolsonaro lembrou, na live, que antes de ser diagnosticado com a covid-19 já estava fazendo uso da hidroxicloroquina, por isso, se sentiu melhor desde o dia seguinte a confirmação. "Fui medicado desde o início com hidroxicloroquina. Tive recomendação medica para isso. Me senti melhor logo no dia seguinte (que iniciou a medicação). Não tive nenhum sintoma forte. Só uma Febre pequena na semana-feira retrasada, 38 graus, um pouco de cansaço, dores musculares e no resto tudo bem", relatou o presidente.
"Coincidência ou não, sabemos que não existe comprovação cientifica, mas (o uso do remédio) deu certo comigo. Não existe nenhuma medicação no mundo com comprovação cientifica constatada. Então, é uma situação de observação, que deu certo comigo e deu certo com muita gente. Muitos médicos dizem que a hidroxicloroquina funciona."
Antes de iniciar o arriamento da bandeira, o mandatário ainda insinuou que o 'baixo custo' do medicamento e questões ideológicas são as causas de o uso não ser liberado. "Não estou fazendo nenhuma campanha para o uso do medicamento, afinal de contas, o custo é baratíssimo e talvez por isso que tem muitas pessoas contra e outras são por questões ideológicas", concluiu.