JC
Publicado em 18/08/2020 às 23:46
Atualizada às 6h19, de 19 de agosto
O vice-prefeito de Olinda, Márcio Botelho (SD), foi vítima de um roubo triplamente qualificado na noite desta terça-feira (18), nas imediações da comunidade Ilha do Rato, em Olinda. Inicialmente informação do secretário de Segurança Urbana de Olinda, coronel Pereira Neto, era de que Márcio havia sido sequestrado. No entanto, a Polícia Civil classificou como roubo. A ação ocorreu com quatro homens armados, sendo que um deles foi detido.
O delegado responsável pelo caso, Paulo Berenguer, do Grupo de Operações Especiais (GOE), falou à Rádio Jornal sobre o caso. "Nesse caso, pelas características, o objetivo era roubar a Fiat Toro e eles seguiram na execução do crime até o fim, então o objetivo foi configurado como roubo triplamente qualificado pelo uso da arma de fogo, restrição de liberdade da vítima e pelo concurso de duas ou mais pessoas", explicou o delegado. Um dos quatro suspeitos foi preso em flagrante e vai responder também por resistência à prisão.
Por volta de 0h desta quarta-feira (19), o secretário de Segurança Urbana informou que Márcio havia sido deixado em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes, nas proximidades da fábrica Vitarella. De acordo com o irmão do vice-prefeito, André Botelho, os criminosos estariam indo sentido Maceió, capital de Alagoas, quando abandonaram Márcio. Durante a ação, eles não entraram em contato com a família. "Não deu tempo [de entrarem em contato] porque a gente acionou a polícia e foi atrás de carro. Eles [os sequestradores] se assustaram com alguma coisa, porque estávamos muito próximos, já que o carro de Márcio tem localizador. Eles estavam encapuzados e dizendo o tempo todo que iam matar [o vice-prefeito]. Agrediram ele, mas terminaram correndo", explicou ao JC.
Após o roubo, o vice-prefeito de Olinda contou os momentos de terror que passou durante a ação criminosa. "Fui abordado por três indivíduos, entraram me dando um soco e me pediram para deitar no chão do carro. Outro homem estava num Gol seguindo a gente e eles diziam que iriam me matar e perguntavam se era policial. Eu disse que sou advogado criminal, mas não falei da minha condição de vice-prefeito. Eles estavam dizendo que iam me matar e num momento pensei que iram me matar no carro", afirmou Márcio em entrevista à Rádio Jornal.
Com ajuda do monitoramento por GPS, a Polícia Militar conseguiu perseguir e interceptar o carro do vice-prefeito na PE-60, em Rurópolis, Ipojuca, no Grande Recife, e prender um suspeito do crime.
Uma praça da comunidade Rurópolis e uma casa na entrada de Ipojuca foram palco de uma chacina que teria sido motivada por disputa territorial para tráfico de drogas, no dia 9 de agosto. Cinco pessoas morrem e outras 11 ficaram feridas. A polícia investiga possível ligação entre o grupo e a facção Comando Vermelho.