Após desistir do Renda Brasil, Bolsonaro chama Guedes às pressas para reunião

Ministro abandonou participação em evento para encontrar-se com o presidente
JC
Publicado em 15/09/2020 às 11:32
ORÇAMENTO Paulo Guedes conta com essas receitas para entregar o ano com saldo positivo nas contas públicas Foto: EVARISTO SA/AFP


Reportagem em atualização

O ministro da Economia, Paulo Guedes, abandonou os compromissos da manhã desta terça-feira (15) para foi atender ao chamado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que o convocou para reunião no Palácio do Planalto. A pasta não informou a pauta do encontro, que ocorre horas após o chefe do executivo dar por encerrada até 2022 a discussão sobre o Renda Brasil, programa social que deveria substituir o Bolsa Família, criado durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ministro falaria no Painel Telebrasil 2020 às 9h. Depois o compromisso passou para 9h30 e, enfim, foi adiado para 12h, com a assessoria do evento atribuindo o ajuste a "mudanças na agenda do ministro", segundo o UOL.

Em vídeo gravado na manhã desta terça-feira (15), o presidente cravou a desistência de se criar o programa Renda Brasil, que garantiria uma renda mínima para pessoas de baixa renda em projeto similar ao auxílio emergencial - com um valor menor. Segundo ele, está "proibido" falar do assunto no governo dele até 2022. Ainda de acordo com o presidente, o programa Bolsa Família será mantido.

"Até 2022, no meu governo, está proibido falar sobre Renda Brasil. Vamos continuar com Bolsa Família e ponto final", disse Bolsonaro no vídeo gravado.

Bolsonaro também afirmou, e para isso mostrou manchetes de vários jornais nacionais, que não pretende congelar aposentadorias. "Eu já disse que jamais vou tirar dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos. Por parte do governo, jamais vamos congelar o salário dos aposentados", declarou Bolsonaro.

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