"Falei em meu País que o vírus e o desemprego deveriam ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade", justificou, nas críticas que sempre fez às medidas de restrição e à quarentena imposta pelos gestores estaduais e municipais
O presidente Jair Bolsonaro iniciou seu discurso, na manhã desta terça-feira, 22, na abertura da 75ª edição da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), falando da pandemia do novo coronavírus, da crise do desemprego provocada pela doença e sobre as ações de sua gestões sobre o meio ambiente, sobretudo com relação às queimadas que vêm ocorrendo na Amazônia e no Pantanal. E com críticas à parte da imprensa que, nas suas palavras, politiza a covid-19 e quase levaram o "caos social ao País".
Na abertura do discurso, feito em vídeo já gravado - pois em razão da pandemia novo coronavírus, este ano, pela primeira vez, o encontro da ONU está sendo realizado, em parte, virtualmente -, Bolsonaro disse a covid-19 ganhou a atenção do mundo e lamentou as mortes. "Falei em meu País que o vírus e o desemprego deveriam ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade", justificou, nas críticas que sempre fez às medidas de restrição e à quarentena imposta pelos gestores estaduais e municipais.
Segundo o mandatário, decisão judicial deu a governadores poderes durante a pandemia. E criticou parcelas da imprensa que nas suas palavras "politizou o vírus", disseminando o pânico entre a população sob o lema fiquem em casa porque a economia a gente vê depois e quase levaram o "caos social ao País". Contudo, sua gestão "de forma arrojada implementou várias medidas econômicas" que evitaram o mal maior, como o auxílio emergencial.
Na listagem das ações de sua gestão para o combate à pandemia, além do auxílio emergencial em parcelas que somam cerca de mil dólares para mais de 65 milhões de pessoas, Bolsonaro citou ainda a destinação de mais de US$ 100 bilhões para ações de saúde, socorro a pequenas e microempresas; a assistência a mais de 200 mil famílias indígenas com produtos alimentícios e prevenção à covid-19 e a destinação de US$ 400 milhões para pesquisa, desenvolvimento e produção da vacina de Oxford no Brasil.