Em sabatina da Rádio Jornal nesta quinta-feira (15), com os candidatos à Prefeitura de Paulista, a candidata a prefeita de Paulista pelo PSD, Promotora Maria Aparecida, afirmou que o serviço complementar das kombis deve ser aprimorado.
As entrevistas estão sendo realizadas no Balanço de Notícias e serão comandadas pelos apresentadores do programa Wagner Gomes e Felipe Vieira e um jornalista do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação.
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Paulista é uma cidade dormitório que tem um dos terminais integrados mais problemáticos da Região Metropolitana do Recife (RMR), que é o Pelópidas Silveira e o sistema complementar do município é feito por kombis, um sistema de transporte que não tem tanta segurança. Questionada sobre o posicionamento com relação às kombis, a Promotora afirmou que o serviço deve ser aprimorado e que a linha é essencial.
"Há localidades em Paulista e Janga, por exemplo, que não tem transporte da Avenida Cláudio Gueiros para o Pelópidas (terminal). O morador dessa localidade tem que partir para as kombis. O serviço não tem horário definido, teríamos que fazer um trabalho de inteligência de trânsito e tenho uma equipe preparada para isso. Saber o fluxo de passageiros, necessidades da cidade, localidades e, se possível, fazer um anel viário", a candidata completou, ainda, que o serviço oferecido está precário e "temos que chamar os agentes responsáveis".
Para a Orla de Paulista que tem uma extensão de 14 quilômetros, Maria Aparecida comentou que a prioridade é ver as questões do avanço do mar, "nossos administradores se apegam a ela como uma forma de desprezo". "Temos uma questão de assoreamento ocasionada pela águas dos mares, que levam a provocar um movimento de caminho das areias que passeiam pelo mar de uma cidade para outra. Temos os impactos naturais como tempestade, aquele impacto que vai fazendo barreiras. Tem que fazer um tratamento. Temos uma equipe formada pelo Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, centro de referência da Marinha do Brasil, para esse tratamento. Não vou poder dizer como será feito, porque terá que ser analisado quando chegarmos lá. Estamos preparados para Paulista", ressaltou.
Com relação à Compesa e ao Marco Regulatório de Saneamento, a candidata criticou que não há tratamento de esgoto na cidade, e pontuou que será um dos primeiros passos vislumbrados pela gestão, se eleita. "Paulista não tem saneamento. A porcentagem me parece que gira em torno de 40% do território. Não há tratamento de esgoto".
"A primeira coisa que vamos fazer é vislumbrar um estudo técnico no tocante a saneamento básico. Sabemos, de antemão, que muitos projetos que são arquivados dentro do próprio seio dos municípios, eles não entregam. Atenta à nova legislação do marco regulatório, isso vai ter que passar por uma discussão com a Compesa", afirmou.
Questionada de onde sairão os recursos para os projetos voltados à educação, a Promotora se defendeu, e apontou não estar apta a definir quais são as dificuldades por não estarem dentro da administração. "Temos 62 escolas municipais, muitas delas sequer têm uma biblioteca, e as que tem, a escola não oferece a função de tirar o livro emprestado para devolução posterior. O que, na minha época, era regra. Já se inicia em Paulista, mesmo que de forma incipiente, o uso de tecnologias de computadores e programas. Podemos fazer isso com novos horizontes para um novo aprendizado, usando ferramentas gratuitas. Basta se construir uma escola com, pelo menos, uma sala com computadores. Vamos equipar nossas escolas na medida das possibilidades financeiras. Vou buscar recursos de onde tiver", declarou.
A candidata reclamou, ainda, sobre a dificuldade de acesso aos dados no Portal da Transparência, "ele está sempre ausente". "Uma coisa ou outra, e você termina abandonando como referência. Não vou trazer um dado econômico financeiro de forma leviana. Faltam alguns dados, não estou lá para saber se eles focalizam a realidade. Quando fui promotora, passei a exigir sob pena de o prefeito e secretários responderem por improbidade e, passados alguns meses, eles instalaram o Portal da Transparência, mas sempre há reclamações", acusou.
Nas considerações finais, a Promotora Maria Aparecida voltou a criticar o ex-prefeito Yves Ribeiro (MDB) que, antes já havia dito que ele tem "muitos processos de improbidade administrativa", e também o postulante Francisco Padilha (PSB).
"Os dois candidatos que já estavam no poder, seu Yves Ribeiro, que esteve lá por oito anos e não fez alterações substanciais na cidade. Muito pelo contrário, fechou a última maternidade que a cidade tinha. Desde então, Paulista não tem maternidade, e causou sérios problemas. Eu indagaria até se ele queria dizimar ou extinguir a população de Paulista. Nosso candidato Padilha diz declaradamente que exerceu vários cargos de Secretaria, mas me parece que não funcionou, porque as políticas públicas não estão na cidade", ressaltou.