JC
Publicado em 10/11/2020 às 15:51
Os políticos da oposição criticaram a forma como o presidente Jair Bolsonaro se comportou quando compartilhou a notícia de que os testes da vacina coronavac foram suspensos em São Paulo pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Segundo o presidente, a suspensão foi uma "vitória" sobre o governador de São Paulo, João Dória. As informações são do portal UOL.
A vacina é produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, que é ligado ao governo de São Paulo. A suspensão por parte da Anvisa aconteceu devido a um "evento adverso grave", que foi a morte de um voluntário das pesquisas sobre a vacina.
A morte foi registrada no dia 29 de outubro, mas apenas nesta terça-feira(10), a Anvisa emitiu nota afirmando saber apenas agora que o óbito foi ocasionado por conta de um suicídio, e não de efeitos da vacina.
Para Ciro Gomes (PDT), que foi um dos concorrentes de Bolsonaro nas eleições de 2018, o presidente merecia ser preso.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B) afirmou que Bolsonaro é um dos maiores aliados do coronavírus no Brasil.
Já o PSDB disse que o presidente toma decisões que vão muito mais pelos interesses políticos do que pelo bem estar da população.
Todas as reações de políticos e partidos vieram após a manifestação do presidente por meio das redes sociais, onde o presidente comentou sobre a proibição. Um internauta perguntou se o Brasil poderia adquirir e produzir a vacina. Na resposta, o presidente citou alguns efeitos hipotéticos levantados pela Anvisa e atacou o governador paulista, João Dória, sobre a obrigatoriedade ou não da vacina.
"Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Dória queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha", escreveu. A postagem foi feita antes de ser divulgada a real causa da morte do voluntário.
Antes disso, também, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, já havia declarado que não havia a possibilidade do óbito do voluntário ter sido culpa da vacina.