Até as 20h10 deste domingo, o Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, tinha 38,24% das urnas apuradas. À frente, Keko do Armazem (PL), com 41,69% (18.180 votos), seguido por Lula Cabral (PSB), com 30,97% (13.505). O município tem 153.062 eleitores. Desses, 49.619 votaram (84,75%) e 8.928 (15,25%) não foram às urnas.
Com três candidaturas indeferidas e duas renúncias, a eleição no Cabo de Santo Agostinho seguiu com seis postulantes na eleição majoritária da cidade. Vários candidatos abriram mão da disputa em favor do vice-prefeito e candidato Keko do Armazém (PL). Um deles foi o ex-prefeito Elias Gomes (MDB), junto do seu candidato a vice Vado da Farmácia (PRTB). Além de Elias, Keko recebeu apoio de Eduardo Cajueiro (PTB) e Chico PM (DC), que teve sua candidatura indeferida e resolveu se unir à frente de oposição.
Apesar da expectativa em torno de Cabral, o levante da oposição com os recentes apoios adquiridos para o vice do município pode ter um peso importante nessas eleições. É o que diz a cientista política Priscila Lapa, que, ao ser entrevistada pela reportagem do JC, explicou que a disputa pode ser acirrada entre o prefeito e seu vice.
“O apoio de Elias Gomes, simbolicamente, tem um peso muito grande. Mesmo que Elias não esteja bem pontuado nas pesquisas, ele ainda é uma liderança política de referência no município. Ele ter feito essa sinalização em prol da candidatura de Keko é uma forma de reforçar, mesmo que o apoio não tenha acontecido logo na largada. Existe o clima de vitória de Lula, mas também uma força de oposição”, pontuou.
Por outro lado, a cientista também ressaltou que o histórico político do prefeito, aliado ao fato dele estar do lado da máquina pública, pode lhe dar uma vantagem. “Lula é um político que tem as bases muito consolidadas no município e ainda tem o peso da máquina que nos municípios menores conta de maneira muito forte. No auge do desenvolvimento de Suape ele era o prefeito, e muito recurso foi alocado no município. Ele acaba sendo muito lembrado pelo seu histórico e se tornando uma força política importante”, explicou.