Em tom de despedida do governo, o general Eduardo Pazuello reconheceu nesta segunda-feira (15) que deve ser retirado do Ministério da Saúde, fez um balanço de sua gestão e anunciou o contrato de novas vacinas. "O presidente sim está pensando em substituição, está avaliando nomes", disse Pazuello em entrevista à imprensa.
"Pode ser curto, médio ou longo prazo. O presidente está nessa tratativa de reorganizar o ministério. Enquanto isso não for definido, a vida segue normal. Não estou doente, não pedi para sair. E nenhum de nós está com problema algum. Quando o presidente tomar a sua decisão, faremos uma transição correta, como manda o figurino", disse Pazuello.
Ao fazer um balanço de sua gestão, o ministro disse que o Brasil "pode se orgulhar", pois as ações do ministério são apresentadas com "transparência e em tempo real". Pazuello omitiu que a pasta tentou esconder o número de mortos da pandemia, em movimento celebrado pelo presidente Bolsonaro, mas que foi barrado por forte pressão sobre o governo. Ele disse ainda que, enquanto não houver a transição, não irá "parar nem um minuto".
"Eu não vou pedir para ir embora. Não é da minha característica. Isso não é um jogo, uma brincadeira, 'quero ir embora'. Isso é sério, a pandemia, é o Ministério da Saúde", disse o general que disse que só pediu para ir embora uma vez na vida. "Se haverá uma substituição ou não, cabe ao presidente da República", disse "Presidente está na tratativa de reorganizar o ministério", disse.
Pazuello negou que a coletiva fosse uma despedida e lembrou que o evento já estava planejado.