NOVO MINISTRO

Nas redes sociais, Marcelo Queiroga, escolhido novo ministro da Saúde, mostra afinidade política com Bolsonaro

Em publicações nas redes sociais em 2018, ele já aparecia defendendo o então candidato ao Planalto, a quem definia como "um patriota, homem simples, espirituoso e sensível"

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Vanessa Moura

Publicado em 15/03/2021 às 21:27 | Atualizado em 16/03/2021 às 6:06
Marcelo Queiroga ao lado de Jair Bolsonaro, em foto publicada em 18 de outubro de 2018 - Reprodução/Instagram

Escolhido por Jair Bolsonaro (sem partido), nesta segunda-feira (15), para substituir Eduardo Pazuello como ministro da Saúde, o médico paraibano Marcelo Queiroga é um apoiador de longa data do presidente da República. Em publicações nas redes sociais em 2018, ele já aparecia defendendo o então candidato ao Planalto, a quem definia como "um patriota, homem simples, espirituoso e sensível".

Em uma publicação de 11 de outubro de 2018, ele relata uma conversa que teve com o então candidato durante um café da manhã. "Ele é um homem simples e preparou o café da manhã que tomamos. Falamos sobre a minha Paraíba, a qual ele conhece bem e tem apreço, e sobre as necessidades do Nordeste. Disse-me que o governo teria o suporte dos melhores técnicos. Sobre a classe médica e suas demandas, o Jair diz que sempre votou a favor da categoria e que frearia a abertura indiscriminada de escolas médicas e a importação ilegítima de 'médicos' cubanos. Enfim, um brasileiro de classe média, servidor público, com vontade de servir ao nosso povo", disse. 

Em 28 de outubro do mesmo ano, Queiroga celebrou a vitória de Bolsonaro na eleição presidencial. "Agora é com o presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro. O povo falou, viva a democracia, viva o Brasil", publicou.

De perfil técnico, Queiroga atuou na equipe de transição do governo de Michel Temer (MDB) para Bolsonaro no fim de 2018. Meses mais tarde, também chegou a ser recebido em audiência no Palácio do Planalto para tratar sobre as ações da Sociedade Brasileira de Cardiologia no enfrentamento às doenças do Coração. 

Apesar da demonstração pública de afinidade política com Bolsonaro, o cardiologista defende o distanciamento social e não acredita em tratamento precoce, dois pontos em que diverge dos bolsonaristas e do próprio presidente. Queiroga, no entanto, é considerado uma pessoa com jogo de cintura para construir uma política de saúde que possa funcionar contra a pandemia, sem contrariar suas convicções.

"Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, já conhecia há alguns anos, então não é uma pessoa que eu tomei conhecimento de poucos dias, tem tudo, no meu entender, para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo o que o Pazuello fez até hoje", disse Bolsonaro nesta segunda, em conversa com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada.

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