Com informações da TV Jornal
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro realizam uma carreata na manhã deste sábado (1º), feriado do Dia do Trabalhador, na Zona Sul do Recife. A concentração ocorreu no Parque Dona Lindu, e sai pela Avenida Mascarenhas de Moraes em direção à Avenida Boa Viagem. Também se uniram à carreata grupos de outros municípios da Região Metropolitana do Recife, como Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes.
O ato no Recife faz parte de uma movimentação nacional com carreatas em várias cidades do País. A pauta é em defesa da liberdade, voto impresso auditável nas eleições e ainda de críticas à medidas de restrição de circulação diante da pandemia da covid-19.
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O trânsito ficou lento na Mascarenhas de Moraes por conta da manifestação. A reportagem da TV Jornal identificou ambulâncias no local com dificuldade de se locomover.
Na Avenida Boa Viagem, havia a presença de pedestres com camisas verde a amarelas e bandeiras do Brasil, que seguiam o percurso de um trio elétrico.
O ministro do Turismo, Gilson Machado, que é pernambucano, esteve presente no ato. "Estamos aqui nesse momento patriótico, democrático, o maior 1º de Maio já registrado no Recife, de massa humana apoiando o governo. Isso é muito gratificante porque eu faço parte desse governo, que é um governo que está recuperando a auto estima do brasileiro, onde agora o dinheiro do brasileiro serve ao Brasil e não à Cuba, à Venezuela", afirmou o ministro.
No Rio de Janeiro, a manifestação de apoiadores de Bolsonaro interrompeu o trânsito na orla de Copacabana, na zona sul da cidade. Os participantes se concentraram Avenida Atlântica, à beira da praia, uma das principais vias do bairro, carregando bandeiras do Brasil e faixas de protesto contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Os manifestantes executaram o hino nacional e gritavam palavras em apoio a Bolsonaro.
Igrejas essenciais
Um projeto que classifica as atividades religiosas como essenciais no estado em períodos de calamidade pública - como na pandemia da covid-19 - foi aprovado na semana passada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Para virar lei, ele precisa ainda ser sancionado pelo governador Paulo Câmara (PSB).
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Mas a versão aprovada difere da original, pois permite que o governo estadual estrinja eventos presenciais nas instituições religiosas no caso de circunstâncias excepcionais, por meio de decreto.
O tema entrou na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) no início de abril, depois que o ministro Kasio Nunes Marques decidiu liberar cultos presenciais em todo o País, por meio de uma decisão liminar. O ministro Gilmar Mendes se opôs à medida ao negar pedido de suspensão o decreto que vigorava no estado de São Paulo proibindo as celebrações presenciais, apresentado pelo PSD. Em 9 de abril, o STF decidiu, por nove votos a dois, referendar o entendimento de Gilmar Mendes de que não é inconstitucional proibir a realização de celebrações presenciais durante a pandemia da covid-19.
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu a abertura dos templos, baseado no artigo 5º da Constituição Federal, que entre outros pontos, assegura a liberdade de culto e de crença. Em 26 de março, ele havia publicado um decreto que incluía na lista de serviços considerados essenciais os templos religiosos e lotéricas.