Com informações do SBT e O Globo
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) acordou com diversas fraturas pelo corpo e diz não se lembrar do que aconteceu. A parlamentar suspeita de ter sofrido um atentado, mas não descarta a hipótese de ter passado mal e caído no chão.
Em entrevista ao SBT, Joice disse que, na noite de sábado (17), estava sozinha em seu quarto, em um apartamento funcional em Brasília. A última coisa que diz se lembrar é do episodio da série que estava maratonando. Depois, afirma que acordou já no domingo, caída entre o banheiro e o quarto em uma poça de sangue.
"O que eu sei, o que eu vi, foi que domingo, umas 7h da manhã eu acordo entre meu quarto e o banheiro, no closet, com uma poça de sangue. Estava muito frio, eu estava muito gelada e tinha perdido muito sangue. Depois do susto, a primeira reação que eu tive foi 'Ah, eu desmaiei né? Tive um mal súbito sei lá, um principio de infarto, nossa vida é tão pesada... Sei lá, desmaiei bati o nariz, nariz sangra com facilidade, deve ser isso. Me arrastei até o meu banheiro e, quando eu cheguei no banheiro, tinha pingos de sangue no banheiro, o tapete estava empapado de sangue e o que me chamou a atenção foi o espelho, tinha gotas de sangue como se fosse jato. Mas como? Sangue do meu nariz vai estar no espelho? Mas eu estava totalmente atordoada, imediatamente eu pedi socorro", relatou.
À jornalista Bela Megale, de O Globo, Joice contou que quem a socorreu foi seu marido, o neurocirurgião Daniel França, que costuma passar os fins de semana em Brasília. Ela ligou para o celular do marido às 7h porque não conseguia se levantar. Ele dormia em outro um quarto da casa. Joice explicou que o casal costuma dormir separado porque o marido tem problemas com ronco.
A parlamentar passou a pensar na possibilidade de ter sofrido um atentado depois de um alerta dos médicos. "Os médicos me alertaram e falaram: olha, pra ser um tombo você teria quer ter tomado quatro ou cinco tombos ou então caído de uma escada", disse.
"À noite, quando eu volto pra casa, eu dispenso a Depol (Polícia Legislativa) porque, teoricamente, eu estou em segurança, eu estou em um prédio onde tem segurança lá embaixo, que são seguranças da Câmara. Apesar das ameaças de morte que constantemente eu recebo, eu nem levo mais tanto a sério. Já levei, mas não levo mais, então dispensei, como toda noite eu faço." E prosseguiu: "Não posso dizer que foi um desafeto político ou mesmo se foi alguém que entrou na minha casa. Mas esse é um local público, a chave de um apartamento funcional não é uma chave que fica só comigo, outras pessoas em departamentos da própria Câmara têm. E pessoas já passaram pela minha casa, já trabalharam aqui, já tiveram cópia da chave. Então, seria muito simples e muito óbvio eu dizer: 'Olha, eu tenho desafetos políticos, me ameaçam de morte, eu vou culpar fulano'. Mas vamos deixar as investigações seguirem."
Joice negou haver sinais de pegadas ou arrombamento. E sobre a possibilidade de ter havido luta, ela respondeu: "Se fosse uma luta eu lembraria e se fosse uma luta teria que ser no mínimo uns três pra conseguir me derrubar. Eu sou lutadora profissional", disse.
Nada foi roubado da casa da deputada. "Eu estava com a minha bolsa, ela fica em uma cadeira no meu quarto, fica minha carteira com algum dinheiro, não muito, mas tinha, além de cartões. Todo mundo sabe que eu gosto muito de joia, então estavam ali os brincos que eu tinha usado naquele dia, o relógio, o anel que eu tinha usado. Então, se alguém entrou aqui, não foi pra roubar. Não sumiu uma agulha da minha casa", relatou.