O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) está acusando o Ministério da Saúde de entregar apenas metade do número de doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer das quais o estado tem direito em um lote enviado esta semana. Segundo o governo paulista, o estado deveria receber 556 doses, mas só foram entregues 228 mil.
De acordo com a coluna de Mônica Bérgamo na Folha de S. Paulo, a Secretaria de Saúde de São Paulo encaminhou um ofício para a pasta formalizando a queixa e solicitando a normalização da entrega.
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O número inferior de doses entregues acaba comprometendo o calendário de vacinação divulgado por Doria. Ele prevê o início da vacinação de menores de 18 anos a partir do próximo dia 18 de junho, e a Pfizer é a única vacina que já testou a eficácia para este público.
Por meio das suas redes sociais, o governador paulista afirmou que não aceitará um "boicote" do governo federal a São Paulo. "Ontem recebemos metade das doses de vacinas da Pfizer previstas. O argumento é que SP está com a vacinação mais avançada. Estão punindo a eficiência da gestão de SP?
Tomaremos medidas para garantir vacina no braço da nossa população", disse Doria no seu Twitter.
Ele classificou a medida do governo federal como uma "vergonha" que pode atrasar a vacinação de 228 mil paulistas.
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Ofício
No ofício, o secretário de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, aponta que o estado historicamente recebe o equivalente a 20% das doses distribuídas para todo o Brasil, o proporcional à sua população, mas no caso deste lote da Pfizer foram destinadas apenas 10%.
"Diante do exposto, esta Secretaria de Estado da Saúde requer o envio complementar de pelo menos 228.150 doses da vacina Pfizer em até 24 horas, considerando a relevância e urgência que a matéria se reveste e afim de evitar prejuízos a população deste Estado".