CONFERÊNCIA
Em meio à crise no Inep, ministro da Educação cumpre agenda em Paris
Na segunda-feira, 35 servidores do Inep pediram exoneração coletiva por causa da "fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep"
Nesta quarta-feira (10) ele foi um dos oradores e discursou sobre alguns programas do Ministério da Educação, citando as dificuldades de retomada do ensino após a pandemia de covid-19. "Permitam-me, assim, reafirmar com veemência o compromisso do governo brasileiro com a superação de todos os desafios atuais e históricos da educação, ao lado da Unesco, cuja presença em meu país é tradicionalmente forte", disse.
A ausência do ministro nesta semana em Brasília ocorre em um momento bastante conturbado para a Pasta. Na segunda-feira, 35 servidores do Inep pediram exoneração coletiva por causa da "fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep". No grupo estão profissionais que possuem funções importantes para a realização do Enem.
O pedido de exoneração coletiva fez com que um grupo de deputados apresentasse um requerimento de convocação de Ribeiro à Comissão de Educação da Câmara. O deputado professor Israel Batista (PV-DF) quer que o ministro esclareça "as denúncias de assédio moral e as recentes exonerações ocorridas no Inep".
Já parlamentares do PSOL também protocolaram outro pedido de convocação do ministro e querem saber das reais condições para se realizar o Enem na data marcada. Mas o Ministério da Educação, em nota, disse que o cronograma de execução das provas está mantido e que a saída de servidores não afetará o Enem. "As provas do exame já se encontram com a empresa aplicadora e o Inep está monitorando a situação para garantir a normalidade de sua execução", disse.