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Bolsonaro repudia acusações de vitimização após facada: "Tenho honra e muito a zelar"

Ao explicar o quadro de Bolsonaro, o médico Antônio Macedo, disse que o presidente "está normal, curado e pronto para o trabalho"

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JC

Publicado em 05/01/2022 às 10:37 | Atualizado em 05/01/2022 às 15:58
Bolsonaro recebeu alta nesta quarta-feira (5) - NELSON ALMEIDA / AFP

Após receber alta, nesta quarta-feira (5), do hospital onde estava internado em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) repudiou as acusações de vitimização e politização do atentado sofrido na campanha presidencial, em 2018. Ao ser questionado sobre as acusações, ainda no hospital, o presidente disse ter "honra" e "Muito a zelar". "É uma agressão ao doutor macedo, aos médicos (que atenderam o presidente). Querem politizar uma tentativa de homicídio", disse. 

Ao explicar o quadro de Bolsonaro, o médico Antônio Macedo, disse que o presidente "está normal, curado e pronto para o trabalho" e que agora seguirá uma dieta especial durante uma semana, fazendo caminhadas, sem atividades intensas.

"O presidente sofreu um atentado há anos atrás, uma facada, que originou uma cirurgia muito bem feita pelos profissionais que atenderam ele. Mas depois disso teve peritonite, algumas dias depois do acidente. E essa peritonite gerou grande quantidade de reação imunológica no abdômen dele. Embora esteja tudo bem, essas aderências possibilitam um quadro de obstrução intestinal, que normalmente não operamos direto, usamos a sonda gástrica, com corte de alimentação. E ele, como tem boa saúde, graças a Deus, recupera-se rapidamente", explicou Macedo. 

Ao ser questionado sobre as acusações de vitimização após o atentado em 2018, o presidente se mostrou irritado e disse se tratar de uma agressão.

"É uma agressão a doutor macedo e aos médicos de Juiz de Fora (onde o presidente foi primeiramente atendido após a facada).Querem politizar uma tentativa de homicídio. As imagens mostram. Falar que foi facada fake? A faca passou a poucos milímetros da aorta", enfatizou.

Ainda segundo o presidente, com o fim das férias, estava previsto seu retorno a Brasília ontem. "Querer dizer que estou me vitimizando, está de brincadeira comigo e doutor Macedo. Ele tem sua honra e eu tenho a minha. Temos muito a zelar". 

O presidente ainda comparou seu caso ao de Celso Daniel, e ao comentar as investigações do caso da facada disse esperar um aprofundamento da Polícia Federal. "Não está difícil desvendar esse caso, vai chegar em gente importante. Não há dúvida da tentativa de homicídio. Eu queria estar jogando meu futebol, fazendo minhas coisas e não faço", declarou.

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