O destino partidário da deputada estadual Priscila Krause, que anunciou ainda em 2021 que não permaneceria no Democratas após a fusão do partido com o PSL, está cada dia mais nítido. Ao que tudo indica, a parlamentar deve mesmo se filiar ao PSDB da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), e há grandes chances de que ela divida espaço na chapa majoritária com a pré-candidata a governadora.
Priscila participa, na noite desta segunda-feira (21), de um encontro com os pré-candidatos tucanos a vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal que contará com a presença do presidente nacional da sigla, o pernambucano Bruno Araújo. Durante o evento, restrito para os convidados, haverá diversas filiações à legenda, como a do vereador do Recife, Alcides Cardoso, que também está deixando o União Brasil e tem relação estreita com Priscila.
O ex-senador Armando Monteiro (PSDB) e o deputado estadual Álvaro Porto (PTB), que também vai migrar para o PSDB, mas no dia 27 de março, foram outras lideranças que confirmaram presença no encontro.
A deputada Priscila Krause anunciou o seu desembarque do DEM no dia 9 de novembro do ano passado, 27 anos após ter entrado na sigla, a única da qual fez parte desde que iniciou a vida na política. A oficialização da despedida foi feita através de uma carta da parlamentar para o amigo e então presidente do partido no Estado, o ex-governador Mendonça Filho.
Na época, Priscila disse que "diante da extinção do Democratas, resultado da fusão com o PSL", preferia não fazer parte da nova agremiação, pois não se enxergava como participante do processo. A chegada ao partido do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, na condição de pré-candidato a governador também pode ter interferido na decisão da deputada, uma vez que ela sempre se mostrou simpática à pré-campanha de Raquel ao Palácio do Campo das Princesas.
De lá para cá, pairava a dúvida sobre o destino que Priscila seguiria a partir de 2022. Como ela estava mais próxima do PSDB e do Cidadania do deputado federal Daniel Coelho, essas pareciam ser as opções mais óbvias, ainda mais depois que a deputada passou a ser cotada para compor a chapa majoritária ao lado de Raquel.
Segundo uma fonte ligada a Priscila, ainda não há martelo batido por ela sobre a sua escolha partidária, mas a definição do cargo que ela vai disputar neste ano será fundamental para que ela tome a decisão. “Ela tem dito que está à disposição do grupo para a disputa majoritária. Se concorrer ao Senado, provavelmente será pelo PSDB, mas se ocupar a vice, é possível que ela faça isso pelo Cidadania”, observou um aliado da deputada, em reserva.
Devido às regras eleitorais, Priscila tem até o dia 1º abril, quando a janela partidária será fechada, para trocar de partido.
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