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Auxílio Brasil: relator da MP orienta rejeição a emendas que aumentam valor do benefício para R$ 600

Em seu parecer preliminar, o deputado João Roma manteve o montante atual do programa que substituiu o Bolsa Família e também a vigência apenas até o fim de 2022

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Ana Maria Miranda

Publicado em 27/04/2022 às 12:48
Ex-ministro da Cidadania do governo Bolsonaro, João Roma é pré-candidato ao governo da Bahia e tem usado o Auxílio Brasil como vitrine eleitoral - Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Do Estadão Conteúdo
 
O relator da Medida Provisória (MP) do Auxílio Brasil, deputado João Roma (PL-BA), orientou a rejeição das emendas apresentadas pela oposição que elevam o valor de R$ 400 para R$ 600 e tornam o benefício permanente. Em seu parecer preliminar, ele manteve o montante atual do programa que substituiu o Bolsa Família e também a vigência apenas até o fim de 2022.
Ex-ministro da Cidadania do governo Bolsonaro, Roma é pré-candidato ao governo da Bahia e tem usado o Auxílio Brasil como vitrine eleitoral. Ele foi indicado para relatar a MP pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
 
Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), um parecer jurídico recebido pelo Palácio do Planalto mudou a estratégia governista para conter o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600, como articulado pela oposição.
 
Sem respaldo para deixar a MP que ampliou o programa perder a validade, auxiliares do presidente Jair Bolsonaro recuaram e agora veem a negociação dentro do Congresso Nacional como o único caminho para impedir a elevação do benefício, considerada uma bomba fiscal para os cofres públicos, se aprovada.
 
Para ter sucesso na empreitada, a aposta é no apoio de Lira. Na terça-feira, 26, o presidente da Câmara defendeu o valor de R$ 400 para o programa que substituiu o Bolsa Família e disse que a MP "muito provavelmente" seria votada nesta quarta-feira.

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