Pré-candidato a presidente da República nas eleições 2022, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a reforma trabalhista aprovada no Governo Michel Temer.
"É importante lembrar o que aconteceu depois de Temer. Ele acabou com os direitos dos trabalhadores dizendo que ia gerar emprego. Cadê o emprego? Ele acha que trabalho intermitente é emprego? Ele acha que o serviço de entregar comida de aplicativo é emprego? Onde estão as férias, o descanso semanal remunerado, a seguridade social que o trabalhador não tem? O trabalhador voltou quase a ser escravo", afirmou Lula à Rádio Jornal.
Confira a entrevista de Lula na Rádio Jornal
Nos últimos dias foi criada uma federação entre PT, PCdoB e PV, que inclui propostas como revogar o teto de gastos, a reforma trabalhista e a criação da taxação de fortunas. O acordo vale por quatro anos.
O texto não é o plano de governo de Lula, pois as discussões para a construção deste documento ainda não começaram. Exemplo disso é o fato do PSB, que terá Geraldo Alckmin como vice na chapa, não assinar o texto do programa --válido para os deputados federais integrantes da federação, eleição para qual as propostas são sugeridas.
Entre as propostas para possibilitar a “redução das desigualdades” está revogar a reforma trabalhista feita no governo de Michel Temer (MDB) - após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016). A federação defende uma nova reforma na legislação trabalhista, que “proteja os trabalhadores, recomponha direitos, fortaleça a negociação coletiva e a representação sindical, com especial atenção aos trabalhadores informais e de aplicativos”.