Eleições 2022

Miguel Coelho diz que vai apoiar o candidato a presidente que o União Brasil determinar: 'vamos respeitar a decisão nacional'

União tem sinalizado que vai desembarcar do grupo de legendas que estão se articulando para lançar um nome ao Planalto como alternativa às postulações de Lula e Bolsonaro. Tendência é de lançamento de candidatura própria

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Renata Monteiro

Publicado em 02/05/2022 às 16:45 | Atualizado em 02/05/2022 às 16:48
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Em entrevista na manhã desta segunda-feira (2), o pré-candidato a governador Miguel Coelho (UB) afirmou que apoiará o candidato a presidente da República que a Executiva Nacional do União Brasil decidir abraçar, seja ele da própria sigla ou de outra agremiação. Na ocasião, o ex-prefeito de Petrolina também disse ser a favor da "quebra" da polarização política que se instaurou no âmbito nacional, e que o presidente nacional da sua legenda, o pernambucano Luciano Bivar, seria um bom quadro para representar a terceira via no pleito.

"O União Brasil ainda está discutindo com a terceira via ou se lança uma candidatura própria, que seria a do nosso presidente nacional, o deputado federal Luciano Bivar, mas ainda há tempo para poder 'estressar' o exercício de qual será o caminho que o grupo vai ocupar a nível nacional. Como filiado, assim como na Bahia, no Ceará, eu e outros pré-candidatos do partido vamos respeitar a decisão nacional e seguir neste primeiro turno com a orientação da direção executiva", pontuou Miguel, à Band News.

Até o momento, Miguel tem evitado levar para o campo nacional as discussões em torno da eleição em Pernambuco, fato que tem sido criticado por postulantes como o ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), pré-candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL). Filho de Fernando Bezerra Coelho (MDB), ex-líder do governo no Senado, quando estava à frente da prefeitura de Petrolina, Miguel chegou a dizer que tinha "um alinhamento de pensamentos" com o atual chefe do Executivo federal, mas seu grupo político tem tentado se descolar da imagem do militar da reserva.

Na última quarta-feira (27), durante reunião entre o União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania, o partido de Miguel Coelho já havia sinalizado que desembarcaria do grupo de legendas que está se articulando para lançar uma candidatura única ao Planalto como alternativa às postulações de Lula (PT) e Bolsonaro.

Segundo informações publicadas no G1, lideranças do União demonstraram incômodo por Bivar estar sendo considerado apenas para a vice em uma possível composição entre as siglas. Daquela maneira, disseram as fontes, o partido daria prioridade ao lançamento de uma candidatura própria avulsa, assim usaria seu generoso tempo de rádio e TV em benefício próprio. A decisão deve ser oficializada nesta quarta (4).

Apesar dos rumores de que ambos não se dão bem, Miguel afirmou que a trajetória política do correligionário o credencia para a disputa pela presidência da República, mas que é a favor "da convergência de ideias". "Quando a gente olha o nome do presidente Luciano Bivar, deputado federal, que construiu o maior partido do Brasil, tem quatro mandatos, tem a sua contribuição a dar, e o União tem outros nomes também qualificados. E eu sou sempre a favor da composição, da convergência de ideias, da convergência de forças, até para que se possa quebrar essa polarização nacional que não agrada e não faz bem ao país", observou.

Ao ser questionado sobre o cenário local, Miguel declarou que segue em diálogo com os demais pré-candidatos de oposição e reafirmou que não descarta uma composição futura com um ou mais deles.

"Nós temos mantido sempre a porta aberta, o diálogo. Inclusive a gente ainda não anunciou o nosso candidato ao Senado e o vice exatamente para poder manter essas possibilidades abertas. A gente sabe que temos até o dia 5 de agosto, último dia das convenções partidárias, para que isso possa ocorrer, mas aqui em Pernambuco o sentimento está muito bom. Tem muitos fatos acontecendo a nível local e a nível nacional que acredito que será natural um enxugamento dos quadros", pontuou Miguel.

Sobre o fato de o pré-candidato do PSB estar atrás dos principais postulantes de oposição nas últimas pesquisas divulgadas, o ex-prefeito disse não ter dúvidas de que os socialistas não levarão o pleito em 2022.

"A gente tem um ciclo de 16 anos que se esgotou. Pernambuco não tem hoje os piores indicadores da sua história à toa, é porque faltou competência, faltou liderança e faltou rumo para que a gente pudesse atravessar o momento de pandemia, de crise e, principalmente agora, que a gente precisa olhar para 2023. Essa é a eleição da renovação, a eleição da oposição em Pernambuco", opinou o pré-candidato.

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