eleições 2022
"Lula é um prato que cai bem com chuchu", diz Alckmin durante lançamento de pré-candidaturas
Pré-candidato a vice na chapa de Lula, Alckmin foi o primeiro a discursar no evento deste sábado (7)
Cadastrado por
Ana Maria Miranda
Publicado em 07/05/2022 às 13:09
| Atualizado em 07/05/2022 às 13:32
Com informações do Estadão Conteúdo
A frase faz referência ao nome do pré-candidato a presidente, Lula (PT), e ao apelido recebido por Alckmin em campanhas anteriores: "picolé de chuchu".
"Presidente Lula, mesmo que muitos discordem da sua opinião, de que lula é um prato que cai bem com chuchu - o que, eu acredito, vem ainda se tornar um hit da nossa culinária -, quero lhe dizer perante toda a sociedade brasileira: muito obrigado", disse Alckmin.
Alckmin participou do evento por meio de vídeo neste sábado (7),
após receber diagnóstico de covid-19. Ele apresenta sintomas leves. O evento acontece em São Paulo e, além do PT e PSB, conta com o apoio de outros cinco partidos aliados.
Ex-governador de São Paulo, Alckmin
foi o primeiro a discursar. O ex-tucano
é apresentado como fiador da busca de aproximação com o centro. Nos bastidores, aliados do ex-presidente admitiram que a aliança atual é considerada insuficiente e há a necessidade de aglutinar mais forças políticas ao centro para se formar, de fato, uma frente ampla.
Em sua fala, Geraldo Alckmin disse que
a aliança com Lula é "um chamado à razão". Ele
chamou "as demais forças políticas" a se juntarem ao projeto com o petista. "Venham se juntar a nós. As próximas eleições guardam peculiaridade: será um grande teste para nossa democracia. Sem Lula não haverá alternância de poder e sem alternância de poder não haverá garantias para nossa democracia", declarou.
"
Lula é a esperança que resta ao Brasil. Não é a primeira, a segunda nem a terceira, ela é a única via da esperança para o Brasil. Quando a ignorância se une à mentira para demonizar eleições livres, nós não devemos vacilar, o caminho é com Lula", disse o ex-governador.
Alckmin elogiou o ex-presidente. "Quando o presidente Lula me estendeu a mão, eu vi nesse gesto muito mais do que um sinal de reconciliação entre dois adversários históricos. Vi um verdadeiro chamado à razão", afirmou Alckmin.
De acordo com ele, "nada, nenhuma divergência do passado, nenhuma diferença do presente nem as disputas de ontem nem as eventuais discordâncias de hoje ou de amanhã, nada, absolutamente nada, servirá de razão, desculpa ou pretexto para que eu deixe de apoiar e defender com toda a minha convicção a volta de Lula à Presidência do Brasil."
Aliados
Participam do evento Fernando Haddad, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Márcio França, ex-governador e pré-candidato pelo PSB, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), líderes sindicais e representantes de seis partidos que se juntaram ao PT - PSB, PSOL, PC do B, Rede, PV e Solidariedade.
Guilherme Boulos (PSOL), Gabriel Chalita (sem partido) e os advogados Valeska e Cristiano Zanin, que atuaram na defesa de Lula na Lava Jato, também estavam presentes. Ao lado de Lula estava Rosângela Silva, a Janja, com quem irá se casar no dia 18 e a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).