ELEIÇÕES 2022

"Não vamos baixar a cabeça para um grupo que pensa que é dono de muita coisa", diz Marília Arraes na convenção do Solidariedade

Candidata, que lidera as pesquisas de intenção de votos, também pediu para que nenhum apoiador ache "que a eleição está ganha".

Mirella Araújo Edilson  Vieira
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Mirella Araújo
Edilson Vieira
Publicado em 31/07/2022 às 18:56 | Atualizado em 01/08/2022 às 7:58
Beto DLC/JC Imagem
Marília Arraes discursa durante convenção que oficializou sua candidatura ao Governo de Pernambuco - FOTO: Beto DLC/JC Imagem
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Marília Arraes falou por cerca de 20 minutos, encerrando a convenção do Solidariedade que confirmou o nome dela para disputar o governo do estado nas eleições que acontecem daqui a 62 dias. Num tom menos agressivo e mais focado no emocional, ela, que vem liderando as pesquisas de intenção de votos, pediu as pessoas presentes no Classic Hall neste domingo (31), que não saíssem de lá "de sapato alto" e pediu empenho dos apoiadores em busca de votos.

Segundo a assessoria da candidata, cerca de 30 mil pessoas lotaram a casa, no entanto, a capacidade de público da casa de eventos é de 18 mil pessoas. Mesmo alegando que muitas pessoas acompanhavam a solenidade do lado de fora, dentro do espaço, haviam áreas em que a circulação estava livre, sem tumulto, diante do quantitativo presente. 

Além das candidaturas de Marília, Sebastião Oliveira (vice) e André de Paula (Senado), foram homologadas 58 candidaturas à Câmara dos Deputados e 118 à Assembleia Legislativa de Pernambuco.

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Convenção confirma Marília Arraes (SD) candidata ao Governo, na chapa com Sebastião Oliveira (Avante) como vice e André de Paula (PSD) candidato ao Senado - Divulgação

Em seu discurso, ao som de uma suave música de fundo, Marília Arraes fez algumas referências ao governo do PSB, mas disse que atualmente o pernambucano "anda de cabeça baixa porque vinha sendo dominado por um grupo que pensa que é dono de muita coisa. Que é dono do presidente Lula, dono de Arraes, dono da vontade do povo".

Ela salientou que nos últimos 4 anos "a situação em Pernambuco ou piorou ou não mudou" e fez referências a situação do Hospital da Restauração, das deficiências do transporte público e às barragens que deixaram de ser construídas no estado. "As 4 barragens que não saíram ainda é por conta do pessoal que está aí, que está acostumado a empurrar com a barriga".

Marília pede humildade aos apoiadores

Marília disse que a candidatura dela é "fruto da resistência", e citou diretamente o governo federal afirmando: "desgoverno de Bolsonaro que vamos derrubar daqui a 62 dias". A candidata do Solidariedade citou rapidamente algumas de suas propostas. Disse que o Hospital da Restauração será uma das preocupações do governo dela, assim como a ferrovia Transnordestina, o abastecimento de água entre outros temas.

Marília também se preocupou em tentar blindar sua campanha contra ataques. "Vocês conhecem a campanha que nossos adversários gostam de fazer. Com baixaria, com difamação, com calúnia. Eles fizeram isso com Arraes, fizeram com Eduardo [Campos] em determinados momentos, fizeram com o presidente Lula....eles esquecem que as pessoas representam ideias, ideias que crescem quando são atingidas dessa maneira".

A candidata do Solidariedade insistiu que vai fazer "a boa política", e não vai partir para a baixaria. "A gente não vai disputar de quem é o presidente Lula, a gente vai juntar e dar a maior vitória ao presidente Lula". Marília encerrou o discurso pedindo humildade "não dá para enfrentar adversários poderosos com arrogância" e afirmando que a gravidez, descoberta durante a pré-campanha, só aumentou a vontade dela de governar o estado. 

A convenção foi encerrada com uma grande ciranda, ao som da música de Lia de Itamaracá, patrimônio vivo da cultura pernambucana. Lia já havia declarado apoio a Marília e sofreu retaliações por seu posicionamento. Muito emocionada a multiartista foi aplaudida com entusiasmo.

 

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