As críticas ao presidente da República Jair Bolsonaro (PL) foram repetidas no ato público realizado pelo ex-presidente Lula (PT), em Serra Talhada, na noite desta quarta-feira (20). Entre as lideranças que discursaram, o prefeito do Recife João Campos (PSB) subiu o tom e chegou a chamar Bolsonaro de “maluco” e “genocida”.
“Lembro quando era deputado federal e fiz um enfrentamento ao ministro Paulo Guedes na Comissão de Constituição e Justiça. Ele com a planilha para cima e para baixo, e eu disse a ele, ministro o Brasil real não cabe dentro de uma planilha, o senhor precisa conhecer o Brasil”, afirmou Campos.
“E por que estou dizendo isso? Porque quando vierem falar que é caro fazer um programa de cisterna, que é caro fazer um programa de universalização da universidade. Caro é não cuidar do povo Nordestino e do povo brasileiro. Caro é colocar um maluco e um genocida deste no poder”, completou.
O governador Paulo Câmara, que chegou a ser vaiado no início do ato quando seu nome foi citado, também criticou o governo federal, mas em um tom mais comedido e numa fala breve, ressaltando que o Brasil precisa de unidade.
"Vocês estão vendo o que está acontecendo, pessoas que só tem ódio, rancor. Essas pessoas querem trazer o medo para o Brasil, mas o medo não vai vencer o Brasil, porque ele sabe ser feliz. O Brasil soube ser feliz quando elegeu o presidente Lula, lá atrás", afirmou.
Para Paulo Câmara, é preciso que o governo volte a fazer com que os serviços de saúde, educação e segurança, possam chegar a população. "Deixa o medo e essa coisa ruim que está assombrando o Brasil, ir embora", completou.
Durante sua fala, foi preciso o ex-presidente da República ficar ao seu lado, para conter uma nova onda de vaias por parte do público presente na Antiga Estação Ferroviária.