Candidato ao Senado pelo PL em Pernambuco, Gilson Machado defendeu o Governo Bolsonaro e afirmou que seu mandato seria uma extensão do seu trabalho como ministro do Turismo. Ele concedeu entrevista na sabatina desta quinta-feira (25), na Rádio Jornal.
O candidato, que forma chapa com Anderson Ferreira (PL), afirmou que o Senado tem função de fiscalizar o executivo e, também, o judiciário. Seus adversários, anteriormente, afirmaram que o papel da casa é revisão e disputa por orçamento.
"Diferente dos outros, já sou conhecido pelo que fiz. Não tenho muito para prometer, mas mostro o que eu já consegui, coisas como como autonomia de Suape, a dragagem do Porto do Recife, o forró ser Patrimônio Cultural, os R$ 55 milhões para o Aeroporto de Noronha junto com Tarcísio, a Lei Rouanet para a Paixão de Cristo", cita Gilson Machado.
Nesse sentido, o candidato tratou de colocar seu papel como senador, se eleito, como articulador de investimentos federais para Pernambuco. Ele afirmou que esse será o seu papel com ou sem a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Ele defende movimentação para atuação conjunta da bancada de Pernambuco.
Sobre sua influência em Brasília, o candidato destacou também a defesa do Polo de Confecções do Agreste. A economia local ficou ameaçada com um acordo que previa redução da taxa de importação de produtos de países da Ásia, o que poderia apresentar concorrência inalcançável para o comércio local.
"Seria uma perda de 350 mil empregos. Eu liguei para Paulo Guedes e disse para segurar e abortamos aos '48 minutos do segundo tempo'. Bolsonaro interferiu e impediu a perda de empregos", disse Gilson Machado, citando o ministro da Economia.
Diante do foco na sua atuação como ministro, o candidato foi questionado se, caso eleito senador, deixaria o cargo para assumir uma pasta num eventual segundo Governo Bolsonaro. "Já conversei com o presidente. Vou ser o melhor Senador e ponto. Vou lutar por Pernambuco".
O candidato, sobre economia, afirmou ser possível melhorar a imagem do país através do Senado através de comissões como a do Turismo e Relações Internacionais. Para além dos assuntos 'macro', Gilson tentou se aproximar do eleitor.
"Você vai ver um sanfoneiro falando igual a você. (...) Nordestino não tem medo de serviço. Fui ministro durante a pandemia, imagina eu como senador alinhado com Bolsonaro. Vou lutar por Pernambuco e vou me juntar com todos os congressistas de Pernambuco. Acabou a eleição, meu partido é Pernambuco", disse.
Nesse sentido, ele disse ter feito a interlocução com a gestão estadual para trazer a Escola de Sargentos para Pernambuco. "Fiz aeroporto no Maranhão, mesmo sendo da gestão de Flávio Dino, nosso adversário. O Governo só fez uma coisa errada: não comunicou".
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O ex-ministro foi questionado sobre como trataria as emendas do relator, o chamado 'orçamento secreto' , em mais de uma ocasião, mas desconversou. Falou sobre pandemia e, num segundo momento, desviou para o papel do parlamento.
Gilson afirmou que sua primeira ação, caso eleito senador, será protocolar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) contra o cerceamento da liberdade de religião e contra o cerceamento à liberdade de imprensa. Ele disse que a medida também abrange religiões de matriz africana.
"Serei o senador de Pernambuco, em 2023 a TV de maior audiência do Brasil será a TV Senado. Gilson, Damares, Magno Malta e Jorge Seif vão está lá. Não temos rabo preso, o que terá de ser feito será feito", afirmou.
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