Em participação na sabatina promovida pela Rádio Jornal Caruaru nesta segunda-feira (22), Raquel Lyra (PSDB) tratou se se colocar como conhecedora das especificidades de cada mesorregião do estado. A candidata ao Governo de Pernambuco destacou a vocação do Sertão do São Francisco para a exportação, propondo expansão da economia voltada ao mercado externo.
Questionada sobre o desenvolvimento econômico de Petrolina, Raquel Lyra destacou a atuação de Oswaldo Coelho, pai de Guilherme Coelho, candidato ao Senado pelo PSDB. A ex-prefeita de Caruaru destacou a cidade como resultado de um sonho de muitas gerações, possível graças ao projeto de irrigação a partir do Rio São Francisco.
"Com irrigação, virou o maior exportador de manga e uva, gerando emprego e renda. O sonho de Oswaldo Coelho e Guilherme é expandir a fruticultura para outras regiões, gerando novas oportunidades com novos perímetros e unidades de irrigação no Sertão do Araripe, expandindo a exportação", comentou Raquel Lyra.
Guilherme Coelho, além de candidato ao Senado e ex-prefeito de Petrolina, também é presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).
A candidata ao Governo de Pernambuco classificou que o estado cumpre todas as regras de exportação. Falta, segundo Raquel, preparar o nosso empresariado, garantir diferencial competitivo e oferecer incentivo fiscal.
"Governo só vai para cobrar imposto sem infraestrutura. Queremos novas 'Petrolinas', gerando renda para o pequeno colono, promovendo a agricultura familiar", comentou Raquel Lyra.
Ainda no sentido de fortalecimento econômico, Raquel Lyra traçou um paralelo entre a abertura de creches e o mercado de trabalho. A candidata usou como referência as unidades abertas em Caruaru durante sua gestão, afirmando que os locais não somente abrem postos de trabalho, como permitem às mulheres a busca de emprego.
"Pernambuco é o quarto estado mais pobre do Brasil. Quando se oferece essas creches com refeições, além de garantir cuidado com criança, garante à mulher o direito de sair para trabalhar", disse Raquel Lyra. A candidata afirma que, com empenho de recursos do MEC, é possível tocar seu projeto para Pernambuco ter 60 mil vagas.
Raquel afirmou que o governo tem condições de bancar esse projeto e afirma que, com bom uso do recurso, e corte de despesas ruins, será possível a expansão de serviços. A candidata, porém, não citou as despesas a serem cortadas para viabilizar usas ações.
"Como Pernambuco é campeão de desemprego, abrir vagas no serviço público é fundamental para o crescimento. Melhoramos as contas sem aumentar imposto, ninguém consegue isso sem buscar recursos. Empréstimo, se couber, precisa ser feito, porque com contas próprias não dá pra fazer. É natural, se expande a economia e ela vai se pagando, desde que se tenha olhar apurado para o tema", disse Raquel.
A candidata classificou a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) como a pior prestadora de serviço do estado. Ela não descartou um plano de concessão para a empresa.
"Propomos a reestruturação e um plano emergencial de acesso à água, para fazer barragens, concluir adutoras, trocar as tubulações e entregar água na torneira. Vamos fazer PPP, concessão e enxergar se cumpre os interesses para ter água tratada e tratamento de esgoto", disse Raquel Lyra.
Questionada sobre seu vice, Raquel Lyra afirmou que não seria possível estabelecer um conflito com Rodrigo Pinheiro (PSDB), que assumiu a Prefeitura de Caruaru em março. A candidata afirmou que o aliado é um "amigo fiel", a despeito dos bastidores da política local indicarem situação adversa.
"Rodrigo trabalhou comigo, conheço desde criança. Foi um amigo fiel. Ele, e todos que fazem a vida pública, será julgado não por uma relação de amizade, mas pelo que entrega ao povo. Ele tem esse desafio, de conseguir fazer as entregas que a gente se comprometeu", disse.
Ainda sobre a atenção à Caruaru, Raquel afirmou que, como governadora, vai agir de maneira diferente de Paulo Câmara (PSB). "Eu consigo enxergar os desafios dos municípios", disse, acusando o atual governador de omissão com relação ao interior de Pernambuco.
Questionada sobre as reclamações de falta de diálogo entre o secretariado da Prefeitura de Caruaru e a Câmara Municipal. Ela afirma que conseguiu ter respaldo do eleitorado, mas reforçou a necessidade de diálogo. "Conversei muito com vereadores, as metas foram publicizadas", disse.