Candidata ao Senado pela Frente Popular, Teresa Leitão (PT) defendeu a atuação da Câmara Alta como uma casa legislativa responsável por grandes debates. A deputada estadual afirmou que investirá no 'bom debate e no bom combate' e reafirmou atuação integrada ao projeto lulista.
"87% dos senadores de Pernambuco se elegeram em conjunto com o governador. A Câmara dos Deputados é mais efervescente, o Senado é mais 'tranquilo' nesse aspecto. (...) Atribuo isso também à desinformação, tenho levado às minhas bases o discurso de que o Senado tem um papel a cumprir no aperfeiçoamento da democracia", disse Teresa Leitão.
Ela forma a chapa de Danilo Cabral (PSB), candidato ao Governo de Pernambuco, e Luciana Santos (PCdoB), atual vice-governadora que tenta recondução ao cargo. A chapa é apoiada oficialmente por Lula (PT).
A candidata afirmou trabalhar na sua campanha a representação municipalista, destacando a importância das emendas parlamentares em cada local. Teresa Leitão classificou a reforma do sistema nacional de educação, com atenção às condições dadas aos municípios para oferecer creches. Ela também defendeu a reforma tributária.
Teresa Leitão também afirmou que a Comissão Parlamentar de Inquérito aproximou a população do funcionamento do Senado. "Mas vamos aproximar com debates menos negativos", disse. A candidata também afirmou que vai vincular sua atuação no plano de ação de um eventual Governo Lula.
Teresa Leitão, durante a pré-campanha, direcionou críticas a adversários como André de Paula (PSD) e Paulinho da Força (SD) pelas suas votações na Câmara, contrárias à esquerda. A candidata foi questionada sobre o porquê de criticar os adversários, mas poupar Danilo Cabral, a despeito da votação do socialista pelo impeachment.
A candidata firma que essa foi a única coincidência de voto e que a situação já foi resolvida em 2018. Ela afirma que Danilo Cabral, segundo ranking do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, atua 100% a favor dos trabalhadores. "Não são críticas pessoais. (...) Quem votou a vida toda com Bolsonaro é responsável pela reforma trabalhista e da previdência, além da falta de comida no prato", disse.