Expectativa

MANIFESTAÇÃO 7 DE SETEMBRO 2022: onde Bolsonaro estará no Dia da Independência?

A expectativa para o 7 de setembro deste ano é alta porque em 2021 Bolsonaro usou a data para incentivar atos golpistas

Cadastrado por

Renata Monteiro

Publicado em 05/09/2022 às 11:31 | Atualizado em 05/09/2022 às 11:36
Bolsonaro durante discurso na Avenida Paulista, em São Paulo, no 7 de setembro de 2021 - ISAC NÓBREGA/PR

A Presidência da República confirmou, na manhã desta segunda-feira (5), que o presidente Jair Bolsonaro (PL) participará, na próxima quarta, do desfile de 7 de setembro em homenagem ao Bicentenário da Independência do Brasil na cidade do Rio de Janeiro. O evento está marcado para as 15h, na Avenida Atlântica, em Copacabana.

Espera-se que Bolsonaro também participe, pela manhã, do desfile cívico-militar marcado para ocorrer na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, local que também vai receber manifestações de apoiadores do presidente.

"Não adianta pedir liberdade quando você está preso. Você tem que lutar enquanto você está livre. Então, no próximo dia 7, um convite, às 9h da manhã aqui em Brasília, um grande desfile aqui e, depois, às 15h em Copacabana, lá no Rio de Janeiro. Esse é um evento para marcar a posição realmente", disse Bolsonaro, na última quinta-feira (1º), durante a live que realiza semanalmente

A expectativa para o 7 de setembro deste ano é alta porque em 2021 Bolsonaro usou a data para incentivar atos golpistas. Em meio à campanha eleitoral deste ano, o militar da reserva tem convocado apoiadores a participarem de manifestações públicas na data.

No ano passado, durante atos em Brasília e São Paulo, Bolsonaro atacou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse até mesmo que desobedeceria decisões da corte. Ele recuou poucos dias depois.

Segundo reportagem publicada no jornal O Globo com base em levantamento feito pelo Núcelo de Pesquisas em América Latina (NUPESAL-UFRGS), na última semana a convocação para o 7 de setembro se intensificou nas redes bolsonaristas, alcançando o pico de 25 mil mensagens no dia 31 de agosto. Percebeu-se, contudo, uma mudança no tom do discurso, ainda que se mantenham as dúvidas sobre o sistema eleitoral e o resultado das urnas.

Hoje, mostra o levantamento, os aliados do presidente levantam a bandeira da defesa da liberdade de expressão, que estaria, segundo eles, sendo atacada tanto pelo STF quanto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para dar uma demonstração de força, Bolsonaro tem mobilizado, ao lado dos seus aliados, empresários do agronegócio, lideranças evangélicas, entre outros. A ideia é aglutinar um número significativo de apoiadores para tentar contrapor as pesquisas que mostram que o ex-presidente Lula (PT) lidera a corrida pelo Palácio do Planalto até o momento.

Segundo o agregador de pesquisas JC/ODDSPOINTER, no Nordeste, Lula segue como favorito na disputa, com 59,7% das intenções de voto. Bolsonaro, por sua vez, pontua 23,1%. Veja abaixo a evolução dos candidatos:

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