Na contramão do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e candidato à presidência da República em 2022 deve passar o feriado da Independência do Brasil, 7 de setembro, em casa, gravando a propaganda política de rádio e TV. As informações são da Folha de S. Paulo.
A decisão teve como intenção evitar exposição do petista na data, para que qualquer atitude não seja vista como uma provocação a Bolsonaro, seu principal adversário nas Eleições de 2022.
No dia seguinte, 8 de setembro, Lula vai para o evento "Todos Juntos pelo Rio", ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), no Rio de Janeiro.
Já Bolsonaro participará, na próxima quarta, do desfile de 7 de setembro em homenagem ao Bicentenário da Independência do Brasil na cidade do Rio de Janeiro. A solenidade está marcada para as 15h, na Avenida Atlântica, em Copacabana.
Espera-se que Bolsonaro também participe, pela manhã, do desfile cívico-militar marcado para ocorrer na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, local que também vai receber manifestações de apoiadores do presidente.
Na última quinta-feira (1º), durante a live que realiza semanalmente, ele convidou os apoiadores a participarem do desfile. "Não adianta pedir liberdade quando você está preso. Você tem que lutar enquanto você está livre. Então, no próximo dia 7, um convite, às 9h da manhã aqui em Brasília, um grande desfile aqui e, depois, às 15h em Copacabana, lá no Rio de Janeiro. Esse é um evento para marcar a posição realmente", disse.
No último ano, o presidente incentivou atos golpistas na data. Em Brasília e São Paulo, Bolsonaro atacou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que desobedeceria decisões da corte. Ele recuou poucos dias depois.