VIOLÊNCIA

Polícia aponta que apoiador de Bolsonaro matou defensor de Lula após discussão política no Mato Grosso

''O que levou ao crime foi a opinião política divergente. A vítima estava defendendo o Lula e o autor, defendendo o Bolsonaro'', disse o delegado Victor Oliveira

Cadastrado por

Katarina Moraes

Publicado em 09/09/2022 às 10:39 | Atualizado em 09/09/2022 às 10:59
Crime aconteceu na zona rural de Confresa, no Mato Grosso - REPRODUÇÃO

Um homem de 22 anos foi preso em flagrante por suspeita de assassinar outro homem, de 44 anos, por razões políticas no Mato Grosso na última quarta-feira (7). Segundo a Polícia Civil do Estado, o crime aconteceu durante uma discussão entre o suspeito - apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) - e a vítima - simpatizante ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são do G1.

"O que levou ao crime foi a opinião política divergente. A vítima estava defendendo o Lula e o autor, defendendo o Bolsonaro", disse o delegado Victor Oliveira.

O caso aconteceu em uma chácara na zona rural de Confresa. Os dois envolvidos trabalhavam juntos cortando lenha quando começaram a discutir. Antes de ser morto, Bendito Cardoso dos Santos, de 44 anos, deu um soco no rosto de Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos, apontado como autor do crime, e pegou uma faca, de acordo com a Polícia.

Então, o autor do crime pegou a faca, perseguiu o homem e o golpeou pelas costas. Com a vítima caída no chão, o autor acertou seus olhos, pescoço e testa. O delegado detalhou que, com Bendito ainda vivo, Rafael foi até um barraco, pegou um machado e o acertou no pescoço.

Ferido com um corte na mão e outro na testa, Rafael escondeu as armas do crime e foi até um hospital da cidade para solicitar atendimento médico. Lá, disse que passou por uma tentativa de roubo e foi encaminhado até uma delegacia para prestar depoimento. Ele confessou o crime e foi preso em flagrante por homicídio qualificado, por motivo fútil e motivo cruel e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva.

Petista foi morto em festa de aniversário

Em 9 de julho deste ano, o bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho invadiu uma festa de aniversário e atirou contra o guarda municipal Marcelo Arruda, de 50 anos, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), que revidou o ataque antes de morrer. O suspeito entrou no local, que estava decorado com o tema do PT, gritando "Aqui é Bolsonaro".

O policial penal federal foi indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e por causar "perigo comum" (com risco às demais pessoas presentes à festa). A Polícia Civil do Paraná disse, porém, que não há como provar motivações políticas para o crime.

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