De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, não há acordo com as Forças Armadas para permitir acesso diferenciado em tempo real aos dados de totalização dos votos, enviados pelos Tribunais Regionais Eleitorais. Os militares bolaram esquema para realizar uma apuração paralela das urnas nas eleições deste ano.
A ideia é deslocar militares para seções eleitorais espalhadas pelo país. Sua função, segundo a Folha de São Paulo, seria tirar fotos do QR Code dos boletins de urna e enviá-los ao Comando de Defesa Cibernética do Exército, em Brasília, responsável pela contagem paralela dos votos.
"Não houve nenhuma alteração do que definido no primeiro semestre, nem qualquer acordo com as Forças Armadas ou entidades fiscalizadoras para permitir acesso diferenciado em tempo real aos dados enviados para a totalização do pleito eleitoral pelos TREs, cuja realização é competência constitucional da Justiça Eleitoral", diz o TSE em nota.
O tribunal reiterou, ainda, a informação original sobre a contagem de votos. Ela é feita a partir da somatória dos boletins de urnas e já é realidade há várias eleições e que para o pleito deste ano, foi implementada a novidade de publicação dos boletins de urnas pela rede mundial de computadores, após o encerramento da votação para acesso amplo e irrestrito de todas as entidades fiscalizadoras e do público em geral.
"Independentemente dessa possibilidade, como ocorre há diversas eleições, qualquer interessado poderá ir às seções eleitorais e somar livremente os BUs de uma, de dez, de trezentas ou de todas as urnas", informou o TSE.