TCU questiona Ministério da Defesa sobre checagem de urnas eletrônicas

Tribunal de Contas da União (TCU) enviou um ofício ao Ministério da Defesa indagando sobre a checagem de urnas que a pasta pretende realizar
Da redação
com Estadão Conteúdo
Publicado em 21/09/2022 às 22:59
ESCLARECIMENTO Órgão de fiscalização quer saber o que os militares farão com os dados Foto: BERG ALVES/TV JORNAL


Tribunal de Contas da União (TCU) enviou um ofício ao Ministério da Defesa indagando sobre a checagem de urnas que a pasta pretende realizar. No documento, o órgão de fiscalização chega a questionar o que os militares farão com os dados e quais são os critérios técnicos utilizados. A informação foi dada primeiramente pela CNN e confirmada pelo Broadcast Político, que teve acesso ao documento esta noite.

O Ministério da Defesa vai fazer a checagem por amostragem por meio do boletim de urnas em cerca de 400 das 500 mil urnas que serão utilizadas nas eleições deste ano. O TCU quer saber como e por que será feita essa seleção e espécie de recontagem. A pasta tem cinco dias para responder.

No texto, o TCU faz perguntas como "qual o critério amostral utilizado; qual a fundamentação para a escolha do critério amostral; qual o nível de confiança, a margem de erro e a variância amostral considerados".

Há ainda questionamentos sobre o motivo da checagem e como os militares pretendem evitar conclusões precipitadas caso seus resultados sejam divergentes dos oficiais, que serão apresentados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

SEGURANÇA

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, reuniu-se na tarde da última terça-feira, 20, com chefes das Polícias Civis para discutir a segurança nas eleições. Na ocasião, "reforçou a importância do estreitamento de laços com as polícias", informou comunicado do tribunal.

Participaram da reunião 21 delegados-gerais da Polícia Civil dos Estados e do Distrito Federal e 6 representantes dos Estados. A ata da reunião destaca a possível criação de um Núcleo de Inteligência para troca de informações entre o TSE e as Polícias Civis, com indicação de um membro para cada região do País. Outro ponto discutido foi a "absoluta atenção" para a segurança de eleitores e de todos os envolvidos nas eleições.

Na reunião entre Moraes e as Polícias Civis também foram abordadas a restrição e fiscalização do porte de armas e do uso do celular nas cabines eleitorais. O TSE já publicou resoluções definindo que porte de armas junto às seções eleitorais será proibido de 48h antes do pleito até 24h depois, e que eleitores deverão deixar o celular com o mesário durante o momento da votação. O descumprimento de ambas as regras configura crime eleitoral.

Durante a reunião, os delegados informaram que têm mantido contato com os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para tratar das questões de segurança e informaram que as polícias atuarão em regime de plantão. De acordo com o comunicado do TSE, uma das principais preocupações apresentadas foi o aumento do número de armas em circulação no País.

Moraes já se reuniu em agosto com os comandantes das Polícias Militares, com quem discutiu pontos parecidos. Um núcleo de inteligência com integrantes do TSE e do CNCG (Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares), debatido na ocasião, foi criado em 30 de agosto.

 

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