Presidente da Câmara e aliado de Jair Bolsonaro (PL), Arthur Lira (PP) defendeu punições para institutos de pesquisas que "erram demasiado ou intencionalmente para prejudicar qualquer candidatura".
Bolsonaro vem questionando as pesquisas de intenção de votos. Em Londres, o presidente voltou a dizer que não acredita nos dados divulgados. "Eu digo: se eu tiver menos de 60% dos votos, algo de anormal aconteceu no TSE, tendo em vista obviamente o 'Datapovo' que você mede pela quantidade de pessoas que não só vão nos meus eventos bem como nos recepcionam ao longo do percurso até chegar ao local do evento".
Lira afirmou nesta quinta (22), nas redes sociais, que não há justificativas para as grandes divergências apresentadas em pesquisas de intenção de votos de diferentes institutos. "Não podemos permitir que haja manipulações de resultados em pesquisas eleitorais. Isso fere a democracia", afirmou Lira.
"Não acusei nenhum instituto de manipular pesquisa. Apenas, como milhares de brasileiros, não entendo tantas divergências de números. Devemos agir dentro da legalidade para evitar manipulações", disse o deputado.
Datafolha
A critica do deputado ocorre um dia depois de um pesquisador do Datafolha ser agredido com socos e pontapés por um bolsonarista em Ariranha, cidade de 9,8 mil habitantes, na região norte do Estado de São Paulo.
O profissional do instituto entrevistava um morador local quando um homem, identificado como Rafael Bianchini, se aproximou e, aos gritos, passou a exigir que também fosse ouvido na pesquisa. "Só pega Lula e vagabundo", disse o agressor, no meio da rua.
Pelo Twitter, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se solidarizou com o funcionário agredido e chamou a agressão de "mais um ato suspeito de violência política".