Em sabatina na Rádio Jornal na manhã desta quinta-feira (27), a candidata a vice-governadora na chapa de Raquel Lyra (PSDB), Priscila Krause (Cidadania), afirmou que apesar de a tucana ter entrado na política através do PSB, partido do governador Paulo Câmara, atualmente é Marília Arraes (Solidariedade) quem caminha ao lado dos socialistas e, por isso, representaria a continuação da atual gestão.
"Eu e Raquel viemos de lugares diferentes e estávamos em lugares diferentes na política. Ela era do PSB e eu do Democratas, mas houve um redirecionamento político na vida dela, que não foi de uma hora para a outra, que a colocou no lugar que ela está, de oposição a governo Paulo Câmara", explicou Priscila.
A deputada estadual afirmou, porém, que o mesmo não pode ser dito de Marília, que tem oficialmente em seu palanque o PSB neste segundo turno. "A nossa adversária representa e sempre representou o plano b do PSB, a continuação daquilo que o pernambucano decidiu que vai mudar. O vice de Marília esteve o tempo inteiro junto ao governo Paulo Câmara, no primeiro como secretário, depois com importantes indicações políticas, assim como o candidato dela ao Senado (André de Paula). Quem recebe o apoio institucional do PSB é a candidata Marília. Ela esconde o governador Paulo Câmara do palanque dela, mas se abraça com o primo (João Campos), com quem há dois anos teve uma disputa fraticida", declarou Priscila.
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E completou: "Pela manutenção dessas pessoas no poder, eles estão juntos com Marília. Paulo Câmara é do PSB e Marília é a continuação e caminho que o PSB encontrou para se manter no poder".
Histórica opositora do PT em Pernambuco, Priscisla Krause também comentou os votos que a sua chapa recebeu no primeiro turno, muitos de eleitores que votaram no ex-presidente Lula (PT) para presidente da República. "O que me deixa feliz é que posso virar vice-governadora com os votos dos pernambucanos. Diante do que Pernambuco vive hoje, um dos piores momentos da sua história, de pobreza, fome, desemprego, de altas taxas de impostos, é preciso fazer uma escolha responsável por alguém que possa efetivamente governar Pernambuco. Essa é uma eleição para governadora de Pernambuco, não uma seleção para auxiliar ou assessor de presidente da República", detalhou a deputada.
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Na mesma entrevista, Priscila disse que pretende levar a sua experiência no Legislativo para uma eventual gestão de Raquel no Estado e que tem ciência de que, devido à sua atuação combativa com relação aos gastos públicos do PSB, esse tema será muito cobrado em uma administração da tucana no Palácio do Campo das Princesas.
A deputada foi dura ao comentar a declaração de Sebastião Oliveira (Avante), ex-secretário dos Transportes do Estado e candidato a vice de Marília Arraes, que creditou a Paulo Câmara a responsabilidade pelos problemas da malha viária do Estado.
"Me causa estranheza esse posicionamento do candidato a vice de Marília. Ele foi secretário durante todo o primeiro governo Paulo Câmara. Ele teve, nestes 3 anos, R$ 1,2 bilhão para usar na pasta dele. Alguma coisa foi feita, o problema é que, tirando pelo exemplo da BR-101, o que foi feito foi malfeito. E você ser auxiliar de um governador que não recebe você, isso tem limite. Então o que é que você está fazendo na administração pública? Está guardando espaço, segurando um cargo, um número de pessoas ao seu redor ou você faz parte de um projeto para mudar Pernambuco?", questionou a postulante a vice-governadora.
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