CORRUPÇÃO

"Orçamento secreto vai deixar Mensalão no chinelo", avalia Tebet

A ex-candidata à presidência e senadora Simone Tebet conversou com jornalistas em palestra na Fundação Getúlio Vargas

Cadastrado por

Filipe Farias

Publicado em 14/10/2022 às 22:48
A senadora Simone Tebet participou de palestra na Fundação Getúlio Vargas (FGV) - Reprodução do Instagram / @simonetebet

Da Estadão Conteúdo

Terceira colocada na eleição presidencial, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) analisou que o orçamento secreto - mecanismo utilizado pelo Executivo para angariar apoio no Congresso - deve se igualar ao esquema do Petrolão, mas que irá deixar o escândalo do Mensalão "no chinelo". Após classificá-lo como um dos "maiores esquemas de corrupção da história do Brasil", ela justifica tal avaliação ao dizer que houve uma tentativa de se institucionalizar a corrupção nos Poderes.

Em conversa com jornalistas após palestra na Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta sexta-feira (14), a senadora declarou: "O orçamento secreto vai se mostrar um dos maiores esquemas de corrupção da história do Brasil. Se igualando ao Petrolão e deixando no chinelo o Mensalão."

Para ela, a tentativa de institucionalização da corrupção através do orçamento secreto se evidencia a partir do envolvimento de mais de uma esfera do Poder. Nesta manhã, a senadora havia comemorado, via redes sociais, as primeiras prisões ligadas ao esquema.

As prisões foram feitas pela Polícia Federal (PF) no Maranhão, em que o escândalo de corrupção, supostamente, atinge o Sistema Único de Saúde (SUS). "É a ponta do iceberg; vai virar uma anedota em livro de histórias", disse Tebet.

APOIO AO EX-PRESIDENTE LULA

Na palestra realizada nesta tarde na FGV, a senadora reforçou sua postura a favor das instituições e declarou que seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem como foco a defesa da democracia.

Segundo ela, o discurso de combate à corrupção não deve ser tão decisivo na escolha entre o petista e o presidente Jair Bolsonaro (PL). "Corrupção por corrupção, sim, aconteceu no Mensalão e está acontecendo nesse governo", disse.

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