ELEIÇÕES 2022

LULA terá BOLSONARO na sua publicidade; entenda o que aconteceu

Falas que citam supostos atos de canabalismo relacionados ao presidente geraram uma decisão no TSE

Cadastrado por

Lucas Moraes

Publicado em 19/10/2022 às 19:22 | Atualizado em 19/10/2022 às 19:24
Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) disputam o segundo turno das eleições 2022, veja novos números de pesquisa eleitoral em maior colégio eleitoral do Brasil - RICARDO STUCKERT E ISAC NÓBREGA/PR

Estadão Conteúdo

Logo após conceder ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o primeiro direito de resposta da campanha, o ministro Paulo Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também atendeu a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O presidente terá agora direito a 14 inserções de 30 segundos cada, nas peças publicitárias de Lula, para se defender das acusações de canibalismo, veiculadas pela campanha petista.

Na decisão, Sanseverino argumenta que a propaganda do PT com insinuações de que Bolsonaro teria comido carne humana durante expedição em comunidades indígenas excede a liberdade de expressão por distorcer manifestações do presidente sobre o caso Para o ministro, a campanha de Lula gerou "séria deturpação" das falas de Bolsonaro em entrevista ao jornal norte-americano The New York Times, na qual ele narra o episódio.

"Na forma em que divulgadas as mencionadas falas do candidato Jair Messias Bolsonaro, retiradas de trecho de antiga entrevista jornalística, há alteração sensível do sentido original de sua mensagem, porquanto sugere-se, intencionalmente, a possibilidade de o candidato representante admitir, em qualquer contexto, a possibilidade de consumir carne humana, e não nas circunstâncias individuais narradas no mencionado colóquio, o que acarreta potencial prejuízo à sua imagem e à integridade do processo eleitoral que ainda se encontra em curso", escreveu Sanseverino

O ministro justifica a medida como forma de inibir os danos provocados pela divulgação "de propaganda eleitoral contendo fato sabidamente inverídico decorrente de grave descontextualização".

O TSE já havia determinado a remoção do vídeo por considerar o material impróprio e com ofensas à imagem de Bolsonaro.

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