Eleições 2022

PF deflagra operação para investigar suposta compra de votos pelo deputado estadual Francismar Pontes, do PSB

Investigações foram iniciadas após um vídeo com denúncias de "calote" por parte do então candidato viralizar nas redes sociais

Cadastrado por

Renata Monteiro

Publicado em 11/11/2022 às 10:25 | Atualizado em 11/11/2022 às 14:04
Francismar Pontes foi reeleito deputado estadual com 66.621 votos em 2022 - ALEPE

Um deputado estadual que foi reeleito no pleito deste ano é o principal alvo da Operação Dois Unidos, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (11), no Recife. De acordo com a corporação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares expedidas pela 9ª Zona Eleitoral de Pernambuco.

A PF não informou o nome dos investigados, mas informações de bastidores apontam que o deputado Francismar Pontes, do PSB, é o parlamentar que teria cometido os crimes eleitorais, sendo o principal deles a compra de votos. Ele foi reconduzido à Assembleia Legislativa com 66.621 votos em 2022. O nome da operação é uma referência à localidade na Zona Norte do Recife em que os delitos teriam ocorrido.

A PF, através da Delegacia de Defesa Institucional (DELINST), iniciou as investigações após um vídeo com denúncias de "calote" por parte do então candidato viralizar nas redes sociais após o primeiro turno. Nas imagens, é possível ver um grupo com dezenas de pessoas afirmando que o parlamentar não pagou o dinheiro que havia prometido caso elas votassem nele para a Assembleia Legislativa de Pernambuco.

"Realizadas diligências preliminares, foi identificada a localidade, bem como o suposto arregimentador/coordenador da campanha e o respectivo candidato. A investigação busca obter novos elementos de prova, e objetiva confirmar o modus operandi dos investigados, bem como identificar outros envolvido", afirma a PF, por nota.

Os envolvidos no caso respondem pelo crime de corrupção eleitoral, tipificado no art. 299, Código Eleitoral, cuja pena pode alcançar quatro anos e multa, além de outros ilícitos eleitorais.

O JC tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa do parlamentar por telefone e mensagem de texto para que ele desse a sua versão do ocorrido, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.

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