“Estou fazendo meu papel, o povo me elegeu até o dia 31 de dezembro”. A declaração do governador Paulo Câmara (PSB), que está prestes a concluir seu segundo mandato à frente do Executivo estadual, vem em resposta às preocupações externadas pela governadora eleita Raquel Lyra (PSDB) sobre as ações que estariam sendo tomadas “de última hora” pela atual gestão.
Durante esse processo de transição do governo, Raquel Lyra disse que existe uma preocupação com relação ao Orçamento para o exercício financeiro de 2023. “Existe mais dinheiro apalavrado do que existente”, afirmou a futura governadora, após a cerimônia de diplomação ao comentar sobre o trabalho de finalização da transição que será apresentado nos próximos dias.
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Entre os pontos já apresentados pela equipe de transição, coordenada pela vice-governadora eleita Priscila Krause (Cidadania), se trata da contratação emergencial da obra de ampliação do Presídio Frei Damião Bozzano, que integra o Complexo do Curado, localizado na Zona Oeste do Recife. A comissão questionou os impactos dos recursos que precisam ser investidos para a próxima gestão.
“O Curado, é uma situação excepcional e fundamental, e nós tivemos que tomar essa decisão em conjunto com o Tribunal de Justiça, com o Ministério Público, foi consultado o Tribunal de Contas do Estado e o CNJ também teve participação”, explicou Paulo Câmara, em entrevista ao JC.
“A situação do Curado precisava desse investimento que deveria ter sido feito a mais tempo, e por vários motivos, principalmente questões financeiras, não foram feitos no tempo correto”, completou.
Sobre as demais ações que têm sido realizadas nestes últimos meses, o governador de Pernambuco destacou que no lançamento do Plano Retomada, foi previsto investimentos da ordem de R$ 5 bilhões, para serem executados de agosto de 2021 até dezembro de 2022, em todo o Estado.
“Estou fazendo aquilo que me programei, que captei os recursos. Estou fazendo meu papel que o povo me elegeu até o dia 31 de dezembro. Não abro mão disso, de governar Pernambuco da forma que entendemos ser necessária e adequada até o dia 31 de dezembro”, disparou.
Paulo Câmara também assegurou que vai deixar o Governo de Pernambuco “organizado, com todos os indicadores em perfeita consonância com a legislação, com o menor nível de endividamento da sua história” e que os recursos do Plano Retomada estão garantidos.