Alvo de plano de atentado articulado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), o senador Sérgio Moro (União-PR) defendeu nesta quarta-feira (22) uma enérgica reação dos poderes contra o crime organizado.
PRONUNCIAMENTO DE SÉRGIO MORO
Em pronunciamento na tribuna do Senado, o ex-juiz da Operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, pregou que a classe política e os órgãos de investigação não podem se 'render' ou 'retroceder' a ameaças.
De acordo com Moro, deve-se adotar 'políticas rigorosas' de combate às facções criminosas.
"Se eles vêm pra cima da gente com uma faca, a gente tem que usar um revólver. Se eles usam um revólver, nós temos que ter uma metralhadora. Se eles têm uma metralhadora, nós temos que ter um tanque ou um carro de combate. Não no sentido literal, mas nós precisamos reagir às ações do crime organizado", afirmou.
Moro se disse 'alarmado' com a escalada do crime organizado no País e aproveitou para tentar articular a retomada de bandeiras previstas na versão original do seu 'pacote anticrime' - conjunto de medidas apresentadas quando ele ocupava a cadeira de ministro da Justiça.
"Os fatos de hoje revelam uma ousadia", acrescentou. "Ou nós os enfrentamos ou quem vai pagar vão ser, não só as autoridades, mas a sociedade."
CASO SÉRGIO MORO E PCC
O plano de atentado veio a público na manhã desta quarta com a operação deflagrada pela Polícia Federal para prender suspeitos de envolvimento no caso. Nove investigados foram capturados e à tarde passaram por audiência de custódia presidida pela juíza federal de Curitiba Gabriela Hardt.
Segundo a UOL, a organização criminosa investiu US$ 550 mil (R$ 2,9 milhões), valor investido em compra de veículos blindados, armas e chácaras na Região Metropolitana de Curitiba, em função do plano contra Moro.
A investigação apontou que o as primeiras movimentações dos criminosos aconteceu em julho de 2022.
A facção pretendia sequestrar e matar Sérgio Moro. Porém, caso não obtivessem êxito, o alvo seria a filha do senador.
Além de Moro, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que há quase vinte anos investiga o PCC, seria outro alvo da facção.
*Com a Estadão Conteúdo