O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Gonçalves Dias, pediu demissão após uma reunião com o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT).
A demissão de Dias veio após o vídeo divulgado pela CNN dele andando no Palácio do Planalto enquanto invasores quebravam tudo no prédio no dia 8 de janeiro de 2023.
Segundo o Metrópoles, Lula convocou uma reunião de emergência para tratar o assunto com seus ministros.
Segundo o Estadão, o presidente Lula aceitou o pedido de exoneração de G. Dias, mas ainda não há um um substituto para o cargo.
O governo ainda não decidiu o que fará com as atribuições que restavam ao GSI, como a segurança predial de instalações usadas ou frequentadas por Lula e seus familiares.
A segurança pessoal de Lula, a chamada 'segurança imediata' já era diretamente vinculada ao gabinete da Presidência e é realizada por policiais federais, não mais pelos militares subordinados ao GSI.
SECOM publica nota à imprensa sobre o caso
A Secretaria de Comunicação do Governo Federal emitiu uma nota à imprensa sobre o caso do general que foi visto pelas câmeras do Planalto no dia 8 de janeiro de 2023.
Na nota, disponível no site oficial, o Governo informa que muitos dos envolvidos nos atos golpistas foram afastados "nos dias subsequentes ao episódio", e que a Polícia Federal está trabalhando para identificar todos.
Confira a nota na íntegra
A violência terrorista que se instalou no dia 8 de janeiro contra os Três Poderes da República alcançou um governo recém-empossado, portanto, com muitas equipes ainda remanescentes da gestão anterior, inclusive no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foram afastados nos dias subsequentes ao episódio.
As imagens do dia 8 de janeiro estão em poder da Polícia Federal, que tem desde então investigado e realizado prisões de acordo com ordens judiciais.
No dia 17 de fevereiro, a Polícia Federal pediu autorização para investigar militares e, a partir do dia 27 de fevereiro, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), tem realizado tais investigações, inclusive com a realização de prisões.
Dessa forma, todos os militares envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no âmbito do referido inquérito. Já foram ouvidos 81 militares, inclusive do GSI.
O governo tem tomado todas as medidas que lhe cabem na investigação do episódio.
E reafirma que todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.
A orientação do governo permanece a mesma: não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro.
Secretaria de Comunicação Social
CONFIRA A NOTA DO GSI SOBRE O CASO
O GSI publicou no site oficial do governo uma nota explicando o caso. Na nota, o Gabinete informa que os invasores que aparecem no vídeo foram presos e que as imagens não tiveram liberação para serem divulgadas:
Confira a nota na íntegra
A respeito de reportagem veiculada no dia de hoje, sobre os ataques do 8 de janeiro, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) esclarece que as imagens mostram a atuação dos agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após aguardar o reforço do pelotão de choque da PM/DF, foi possível realizar a prisão dos mesmos.
Quanto as afirmações de que agentes do GSI teriam colaborado com os invasores do Palácio do Planalto, informa-se que as condutas de agentes públicos do GSI envolvidos estão sendo apuradas em sede de sindicância investigativa instaurada no âmbito deste Ministério e se condutas irregulares forem comprovadas, os respectivos autores serão responsabilizados.
Cabe ainda ressaltar que as imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto, gravadas no dia 8 de janeiro, fazem parte de Inquérito Policial instaurado no âmbito do STF, e o GSI não autorizou ou liberou qualquer imagem que não fosse destinada aos órgãos investigativos responsáveis, tendo em vista a proteção do sigilo do inquérito, previsto no art. 20 do Código de Processo Penal.
Assessoria de Comunicação Social do GSI/PR
Brasília, DF, 19 de abril de 2023.