Nesta segunda-feira (1º), o Google lançou um site criticando o PL 2630, que ficou conhecido nas últimas semanas como o 'PL das Fake News'.
Usuários da internet reportaram que, ao utilizar o buscador, uma mensagem logo abaixo da barra de busca dizia: "O PL das fake news pode piorar sua internet".
Às 18h, a mensagem já havia sido modificada para "O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil".
Segundo a Folha de São Paulo, um levantamento do site NetLab, plataforma que investiga a preferência de links com conteúdo contrário ao PL das fake news estar sendo priorizado pelo Google.
Segundo a Folha, o Google informou que não está privilegiando esse tipo de conteúdo e informou que o ranqueamento de matérias é aplicado em todas as páginas da web.
O Netlab também divulgou que, ao buscar por "PL 2630", os primeiros resultados que o Google mostra ao usuário são links contrários ao Projeto de Lei, como por exemplo: "PL da Censura", onde direciona para o blog do Google citado anteriormente.
O Google enviou e-mails para vários youtubers desde a última sexta (28) afirmando que, com a aprovação do PL, o Youtube irá perder dinheiro, consequentemente, segundo a mensagem, "compromete nosso modelo de compartilhamento de receita".
Felipe Neto, um dos youtubers que recebeu a mensagem, compartilhou no Twitter sobre o caso:
"O Google está pagando pra impulsionar posts contra a Lei 2630 de regulação das plataformas. O Twitter simplesmente apagou um perfil que defendia o Projeto, sem dar qualquer motivo. Isso é uma das coisas que o PL quer impedir: que plataformas possam remover contas sem explicações!", disse Felipe Neto.
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, publicou nas redes sociais sobre o caso. Ele informou que vai levar o caso para a Secretaria Nacional do Consumidor para apurar a possibilidade de práticas abusivas pelas empresas:
O parecer aprovado no último dia 25 ainda terá a votação do mérito, prevista para a próxima terça-feira (2).
O deputado Orlando Silva deverá ouvir às demais bancadas para modificar o parecer e conseguir amplo apoio dos parlamentares.
A votação na Câmara dos Deputados precisava de maioria simples para ser aprovada e, por 238 votos a 192, o requerimento de urgência foi aprovado.
O texto aprovado trata da responsabilidade, transparência, monetização e impulsionamento de conteúdos nas redes sociais.
Temas como incitação ao ódio, terrorismo e ataques á democracia seriam pontos a serem inclusos no projeto.
VOTAÇÃO DO MÉRITO